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Reciclagem: O Guia Absolutamente Completo

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O que é reciclagem

A reciclagem é o processo de reaproveitamento de materiais descartados. Seu objetivo é reintroduzi-los na cadeia produtiva a fim de que ainda gerem valor e sejam reutilizados, reduzindo-se a produção de lixo, aumentando a preservação dos recursos naturais e melhorando a qualidade de vida das pessoas. É considerada uma das alternativas mais eficientes para tratar os resíduos sólidos, tanto do ponto de vista ambiental quanto social, e está diretamente inserida no contexto da Economia Circular.


Para que serve a reciclagem

O processo de reciclagem impacta diretamente o meio ambiente, reintroduzindo na cadeia produtiva itens com potencial de reaproveitamento que seriam descartados. A reciclagem serve para dar nova vida aos resíduos, evitando o desperdício, o impacto ambiental e os problemas sanitários. Com a reciclagem, um material que foi jogado na lixeira reciclável pode virar o mesmo produto ou ser transformado em algo com outra utilidade.


Importância da reciclagem

O processo de reciclagem é o método mais limpo e eficiente para tratar os resíduos. Já na parte social, ele é essencial para sustentar milhões de catadores que dependem da venda desses itens recicláveis para sobreviver e manter suas famílias.


Benefícios da reciclagem

A reciclagem é fundamental para diminuir a quantidade de resíduos que são enviados aos aterros sanitários. A maioria desses locais já se encontra super lotado e com seu tempo de vida esgotado. Muitos especialistas indicam a prática da reciclagem como a solução mais viável para aliviar esses locais. Além disso, a reciclagem evita a poluição de ecossistemas e amplia o reaproveitamento de itens que já foram inseridos no mercado, minimizando os impactos ambientais de uma nova produção.

Os 5Rs da reciclagem

atitudes necessárias para adquirir práticas sustentáveis e de reciclagem e elas são conhecidas como os 5 Rs da reciclagem. São elas: Repense (seus hábitos e comportamentos de consumo); Reduza (o desperdício); Recuse (descartáveis e outros vilões da natureza); Reúse (procure alternativas para os objetos sem utilidades) e Recicle (qualquer material reciclável).

História da reciclagem

A maioria dos especialistas afirma que foi na “Era de Ouro do Capitalismo”, após a Segunda Guerra Mundial, que o crescimento do consumo em massa e o aumento dos resíduos sólidos chamaram a atenção para a necessidade da redução de lixo. Alguns países, então, começaram a reciclar, dando novo destino e reaproveitando o que foi descartado.

Reciclagem em São Paulo

São Paulo possui programas para aumentar a taxa da reciclagem, inclusive algumas cidades já contam com serviços de coleta seletiva como prioridade. Não há lixões no estado, ou seja, espaços inadequados que acumulam resíduos sem qualquer tratamento, atraindo pragas e gerando a contaminação do solo.

A capital paulista conta com duas concessionárias de limpeza (fiscalizadas pelo SP Regula) para recolher os resíduos recicláveis dos paulistanos e dar destino correto a eles.


Reciclagem em números

A reciclagem no Brasil é um tema urgente. Diariamente, a quantidade de lixo produzida ultrapassa as 130 mil toneladas. Aproximadamente 10% desses materiais estão na capital paulista. A cidade produz, todos os dias, 12 mil toneladas, cerca de meia tonelada por habitante todos os anos.

Se a população separasse o lixo em dois (reciclável e comum), 40% dos produtos poderiam ser aproveitados, mas atualmente apenas 7% são reciclados.


Aterros sanitários

Locais que contam com técnicas adequadas para disposição dos resíduos e que buscam minimizar os impactos ambientais. Sem causar danos à saúde pública e à segurança, são estruturados com sistemas de impermeabilização, coleta e drenagem do chorume, e captação e queima controlada dos gases do efeito estufa ali produzidos. Esses espaços, no entanto, contam com vida útil em torno de dez anos, o que implica na busca de novos locais para disposição e tratamento de lixo.


Lixões

Mais de 2.500 cidades do Brasil ainda contam com lixões, considerados espaços inadequados de descarte final dos resíduos. Chamado também de vazadouro a céu aberto, a descarga de material nesses lugares é feita sem qualquer técnica ou medida de controle e tratamento. Depositar lixo nesses espaços é crime desde 1998. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) determinou a extinção desses espaços no país até 2014 e, depois, postergou para 2021 a data limite.


Centrais Mecanizadas de Triagem

São Paulo possui duas máquinas automatizadas que têm a capacidade de selecionar mais de 250 toneladas de materiais recicláveis por dia. As estruturas contam com esteiras, leitores óticos e outros equipamentos que separam os recicláveis por categoria (papéis, plásticos, metais, vidros e embalagens do tipo Tetra Pak), tamanho e cor. A tecnologia empregada nessas máquinas é a mesma utilizada em países referência em reciclagem, como Alemanha e França.

Lixo comum X Lixo reciclável

Materiais que não contam com a possibilidade de reaproveitamento, como o papel higiênico usado, são considerados lixo comum. Já o reciclável, como alumínio, é qualquer tipo de produto que pode ser reaproveitado. Há vários tipos de resíduos, como recicláveis, comuns e orgânicos (restos de alimentos).


Lixo comum

Embalagens plásticas metalizadas; esponjas de limpeza; algodões; panos; retalhos e tecidos, papel toalha usados; fraldas, absorventes; etiquetas e fitas adesivas; papéis: vegetais, celofane, carbono, papeis sujos; fotografias; negativos de filmes; são alguns dos exemplos de lixos considerados comuns.


Lixo reciclável

Plástico: Garrafas PET, canudos e sacolas; vidro: copos, vidros de automóveis e frascos de perfumes; metais: latas de óleo, de refrigerante, de sardinha e embalagens de café; papéis: para escrever, imprimir e cartolina. Esses são apenas alguns materiais que entram no leque de produtos que podem ser reciclados.


Resíduos Especiais

Os recicláveis são os mais conhecidos, porém as classificações dos resíduos são bastante variadas. Por exemplo, materiais hospitalares são considerados resíduos de saúde. Há os perigosos que são todos aqueles que podem colocar a saúde das pessoas em risco, como os radioativos. Todos eles requerem um descarte especial.

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Diferentes tipos de resíduo. Foto: Sergey Mironov / Shutterstock.com

Tipos de reciclagem

Plástico, papel, alumínio, vidro, eletrônicos, óleo de cozinha e outros materiais, cada um possui características diferentes para o processo de reciclagem. O vidro, por exemplo, precisa de fornos com temperaturas altíssimas para ser derretido e reutilizado. O Brasil já conta com usinas recicladoras que transformam os resíduos nos mesmos produtos ou fabricam algo com outra utilidade.


Reciclagem de Óleo de cozinha

Algumas empresas transformam o óleo de cozinha em biodiesel por meio de um processo chamado transesterificação, que é a reação de gorduras. O composto culinário também pode ser transformado em sabão de qualidade. Se descartado incorretamente, pode contaminar mares e rios e pode até entupir tubulações de esgoto.


Reciclagem de Eletrônicos

Um dos grandes vilões do meio ambiente são os resíduos eletrônicos. Isso porque o descarte desses itens deve ser realizado de forma correta para evitar contaminação e prejuízos ambientais.

A capital paulista abriga uma cooperativa que envia os eletrônicos para a reciclagem, a Coopermiti, principal referência brasileira na área de logística reversa do setor. No local, é realizado o desmonte das peças. Uma tonelada de celular possui em torno de 340 gramas de ouro e 3 quilos de prata.


Reciclagem de Eletrodomésticos

São materiais que por terem metais pesados em sua composição precisam de um descarte especial. Essas substâncias são cancerígenas e nocivas. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), se nada for feito para aumentar a reciclagem até 2050, cerca de 120 milhões de toneladas desses itens ficarão espalhadas pelo mundo.


Reciclagem de Entulho

Existem dois modelos de usinas que reciclam os resíduos da construção civil: as fixas e as móveis. Nesses locais, a qualidade do material é avaliada, depois ele é triturado, tornando-se um granulado e, a partir disso, é possível transformá-los em novos produtos, como areia, brita e pedrinhas.


Reciclagem de Isopor

O nome técnico do material é poliestireno expandido (EPS). No Brasil, já existe uma empresa recicladora que transforma o item em outros produtos, como molduras para quadros, espelhos e rodapés. O problema da reciclagem desse resíduo é que seu valor comercial para venda é um dos mais baixos do mercado, o que acaba desestimulando sua reciclagem.


Reciclagem de Lâmpadas

O mercúrio presente nesses materiais faz mal à saúde, por isso é tão importante levar as lâmpadas até um ponto de coleta correto. No processo de reciclagem, os vidros são reutilizados na fabricação de outros produtos (desde que não envolvam alimentos) e o fósforo, presente em sua composição, pode ser usado na indústria civil.


Reciclagem de Móveis

Reciclar esses itens é a maior aposta contra o desmatamento. Por causa da extração da madeira, estima-se que, atualmente, a Mata Atlântica possui apenas 7% da vegetação nativa encontrada na época do descobrimento do país. Alguns profissionais já enxergam nos móveis usados a possibilidade de transformá-los em peças criativas.


Reciclagem de Metal

Eles podem ser classificados em dois tipos: ferrosos e não-ferrosos. Os do primeiro tipo são aço carbonoaço-ligaferro forjado e ferro fundido. Já os não ferrosos são alumínio, cobre, chumbo, zinco e lata. As latas de alumínio representam grande parte dos metais reciclados no Brasil e no mundo.


Reciclagem de Papel e Papelão

No Brasil, apenas 37% do papel produzido vai para a reciclagem. No processo de reciclagem, usa-se muito pouca água, além de reduzir o consumo de energia e a emissão de poluentes, reciclar o material diminui a porcentagem de papel ou papelão descartado como resíduo sólido.


Reciclagem de Pilhas

Apenas 1% das pilhas brasileiras é reciclada. No processo, elas são separadas (por tipo); trituradas; filtradas para que os líquidos tóxicos saiam; passam por um teste químico que colore o produto e são aquecidas em um forno, onde se transformam em um pó metalizado que pode ser usado como corante na fabricação de cerâmicas.


Reciclagem de Plástico

Depois de devidamente separados em casa e pelas cooperativas de catadores, o plástico pós-consumo chega às empresas recicladoras. Lá, basicamente, podem passar por qualquer um dos três tipos de reciclagem: mecânica (adquire uma forma pré-determinada), química (geralmente criam-se novos produtos) e recuperação energética (os plásticos são incinerados para gerar calor e produzir energia).


Reciclagem de Poda de plantas

Muita gente não sabe, mas podas de plantas e restos de frutas, legumes e vegetais podem virar adubo. Por meio de uma técnica chamada compostagem, os materiais são encaminhados a um pátio (a cidade de São Paulo possui cinco locais como esse: Ermelino Matarazzo, Lapa, Mooca, São Mateus e Sé) onde são transformados em um adubo orgânico e rico em muitos nutrientes.


Reciclagem de Raio-X

Empresas se interessam por essas peças para extrair a prata. Elas contêm um composto que, quando processado, possibilita a retirada desse elemento. Para reunir uma barra de cinco quilos são necessárias mais de 50 mil chapas de raio-X. Geralmente, unidades de atendimento de saúde, clínicas e hospitais aceitam receber esse tipo de resíduo.


Reciclagem de Remédios

Medicamentos e itens de saúde vencidos ou sem uso não devem ser descartados no lixo comum, e tão pouco dentro de vasos sanitários ou pias do banheiro. Essa prática pode contaminar o solo e o lençol freático. Muitas farmácias e postos de saúde já recebem os produtos para descartá-los corretamente.


Reciclagem de Tecidos

Algumas iniciativas no Brasil valorizam sobras de tecido para reutilização. Em São Paulo, há o Banco de Tecido, local em que as pessoas podem depositar, trocar e comprar o material, velho ou sem utilidade, esquecido no armário de casa. Há boas práticas de reaproveitamento desses itens, como em Joinville, Santa Catarina, onde sobras de tecidos viram bolsas e acessórios.


Reciclagem de Vidro

Se por um lado o material demora 5 mil anos para se decompor na natureza, por outro é o componente que pode ser infinitamente reciclável sem perder suas propriedades originais. As empresas que produzem o material geralmente optam por usar 40% do caco de vidro em uma nova embalagem e 60% de composto virgem.


Reciclagem de Isopor

Descartáveis desse item já foram proibidos em alguns países para frear a poluição nas águas e ruas. Porém, o material é um tipo de plástico e pode ser reciclado. No Brasil, existem empresas que compram esse produto para transformá-lo em peças de decoração semelhantes a artigos de madeira.

Reciclagem do lixo doméstico

Separando o lixo em casa entre reciclável e comum, São Paulo terá a chance de reciclar pelo menos 40% dos materiais. A cidade conta com máquinas automatizadas capazes de separar diariamente 250 toneladas de resíduos, porém elas operam com menos da metade da capacidade devido à falta de descarte correto por parte da população.

 

Reciclagem e coleta seletiva

A capital paulista conta com 72 caminhões de coleta seletiva. Cada um composto por um motorista e dois coletores. Todos os dias, equipes saem da sede das concessionárias de limpeza urbana, a Loga e a Ecourbis, com um roteiro e guiados por GPS para recolher os resíduos recicláveis deixados na porta dos paulistanos.

 

Reciclagem e sustentabilidade

Converter resíduo em novos produtos. Essa é a premissa que busca recuperar materiais para serem transformados em novos. O processo ajuda na diminuição do desperdício de água e energia, no consumo de matérias-primas e evita a poluição do meio ambiente, além de reduzir o envio de lixo para aterros sanitários. A decomposição do produto emite dióxido de carbono (CO2) no planeta, um dos responsáveis pelo efeito estufa, então reciclar diminui a quantidade desse componente no mundo.

 

Reciclagem e a economia circular

Novo modelo de negócio criado pela velejadora Ellen MacArthur propõe ciclos de atividades em que é possível obter lucro e preservar a natureza. O processo produtivo foi redesenhado para que não gere resíduos, porém, caso ocorra, a reciclagem é bem-vinda para cumprir seu papel transformador dentro dessa gestão e dar nova vida aos materiais descartados. Alguns países, como a Holanda e a Alemanha, já estão incentivando a economia circular.

 

Reciclagem e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)

Com o objetivo de estabelecer normas para o gerenciamento dos resíduos no país, foi aprovado em 2010 a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), marco legal da sustentabilidade. Entre suas medidas, responsabiliza a cadeia de produção e consumo pelo ciclo de vida dos produtos com a aplicação da logística reversa e de um acordos setoriais.


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