Green Eletron recicla 170 toneladas de lixo eletrônico e pilhas em 2020

Gestora sem fins lucrativos de logística reversa, a Green Eletron anunciou recentemente ter recolhido 170 toneladas de resíduos eletrônicos e de pilhas durante 2020, primeiro ano da pandemia do coronavírus, quando a questão do lixo reciclável ficou ainda mais evidente para a população e os desafios para quem trabalha na área aumentaram.

De acordo com os dados divulgados pela ONG, foram coletadas cerca de 88 toneladas de lixo eletrônico: 26 de metais ferrosos, 5 de não-ferrosos e 21 de plástico. As pilhas somaram 83 toneladas. Esse importante trabalho evitou que esses objetos, todos com substâncias nocivas, gerassem um impacto extremamente negativo no meio ambiente.

Para se ter uma ideia do tamanho desse impacto, as 21 toneladas de material plástico contido nos itens reciclados pela Green Eletron evitaram que 37,5 toneladas de CO2 fossem emitidas na atmosfera. Isso equivale a 263,9 mil Kw/h de energia consumidos.  

Ademir Brescansin, gerente executivo da Green Eletron, avalia o resultado total do ano e afirma que os números superaram as expectativas, principalmente se for considerando o isolamento social e os cuidados necessários que acometeram três trimestres de 2020. “Conseguimos impedir que uma quantidade considerável de resíduos eletrônicos fosse descartada em aterros sanitários ou no meio ambiente”, comemora Ademir.

Eletrônico Não É Lixo

A Green Eletron lançou em outubro de 2020 o movimento Eletrônico Não é Lixo. A iniciativa de conscientização tem o objetivo de chamar a atenção da população para o descarte correto desses equipamentos antigos. Muita gente não sabe, mas o lixo eletrônico entra na categoria de lixo reciclável.

E isso é um problemão para o meio ambiente. Um estudo apresentado por um grupo de cientistas da USP de São Carlos indica que apenas 26% deste tipo de material seja reciclado no mundo. No Brasil, esse índice é de apenas 2%, como o Recicla Sampa mostrou no filme Eletro Lixo.

As ações aconteceram em diferentes formatos, com campanhas de coleta e mobilizações nas redes sociais que contaram com a participação de influenciadores de todos os tamanhos, além de um e-book didático sobre o assunto. A ONG promote novas iniciativas em 2021.

Texto produzido em 27/03/2021