28 de Marco de 2024,15h00
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Em 14 de dezembro de 2022, a Assembleia Geral da ONU reconheceu formalmente a importância das iniciativas espalhadas pelos quatro cantos do mundo e proclamou 30 de março como o Dia Internacional do Lixo Zero.
Desde então, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a ONU-Habitat passaram a liderar as celebrações anuais da data, que busca promover padrões de consumo e produção sustentáveis, além de ampliar a conscientização sobre como o conceito contribui no avanço da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
A ONU estima que mais de 11 bilhões de toneladas de resíduos sólidos são coletadas globalmente todos os anos e destaca que o setor contribui significativamente para o aquecimento global, principalmente pela emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.
“As iniciativas lixo zero promovem a gestão correta dos resíduos sólidos e buscam minimizar e prevenir o desperdício. Elas contribuem para reduzir a poluição, mitigar a crise climática, conservar a biodiversidade, aumentar a segurança alimentar e melhorar a saúde humana”, pontua a equipe da ONU em nota publicada no site da organização.
De acordo com a Zero Waste International Alliance (ZWIA), o conceito do termo pode ser resumido da seguinte forma: conservar os recursos naturais do planeta através de processos ambientalmente responsáveis de produção, consumo e reutilização produtos e embalagens.
Seu objetivo é um criar um sistema econômico livre de resíduos enviados para aterros, máquinas de incineração, florestas e oceanos.
Na essência, o movimento busca alterar a cultura do “comprar, usar e descartar”. No lugar, promove uma abordagem mais circular e menos linear da forma como consumimos atualmente.
Seus princípios são orientados pela responsabilidade compartilhada por fabricantes, governos e população.
Na verdade, o Lixo Zero busca investigar e alterar todo o ciclo de vida de um produto ou material, destacando ineficiências, práticas de produção e de consumo insustentáveis. É uma ideia que pretende minimizar ou até extinguir o desperdício, desde a produção até o consumo final.
Sua meta é fechar o ciclo proposto pela economia circular e redefinir todo o conceito de resíduo, garantindo que os recursos permaneçam em uso pelo maior tempo possível antes de serem devolvidos à terra, de preferência com pouco ou nenhum impacto ambiental no momento do descarte.
O movimento Lixo Zero inclui os esforços coletivos por um planeta sustentável ambientalmente, prioridade da humanidade no século XXI. À medida que sua popularidade cresce, indivíduos e comunidades dos quatro cantos do mundo ajudam a impulsionar ainda mais a sua agenda de pautas.
As pessoas que assumem a responsabilidade pela produção dos resíduos que geram são apenas a ponta desse iceberg e sua postura ativista, a médio e longo prazo, forçará governos e organizações a assumirem suas responsabilidades históricas.
Segundo a Lixo Zero Brasil, nossa representante no Zero Waste International Alliance, quatro ações devem ser colocadas em prática para fomentar a iniciativa: repensar, reutilizar, reduzir e reciclar.
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