07 de Junho de 2022,18h00
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O Brasil já conta com 3,4 mil pontos de coleta de lixo eletrônico espalhados por todas as regiões do país, informa a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (Abree).
Ainda segundo a Abree, 21 centrais de logística reversa foram instaladas nas principais capitais e atendem cerca de 1,5 mil municípios. Mais de um milhão de quilos de equipamentos foram coletados em 2021.
Os dados são resultado do primeiro ano de implantação do sistema nacional de logística reversa de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, impulsionado a partir da regulamentação da reciclagem do setor, publicada há dois anos com o Decreto 10.240.
Segundo Sergio de Carvalho Mauricio, presidente da associação, o objetivo é fazer esse número crescer, mas para isso é preciso enfrentar um grande desafio: conscientizar a população sobre a importância do descarte correto do lixo eletrônico.
“A associação tem feito pesquisas em conjunto com universidades para entender o comportamento do consumidor em relação à destinação final de eletroeletrônicos”, informa o presidente.
“Se cada um, mídia, associações, fabricantes de produtos, comerciantes, puder levar um pouco mais de informação e conscientização para o consumidor, eu acho que, em conjunto, nós conseguimos acelerar essa mudança de coletar que, com certeza, vai deixar o país muito melhor para as próximas gerações”, completa Mauricio.
O lixo eletrônico é todo objeto que possui um circuito elétrico dentro, seja esse circuito composto por uma fiação que vai ligar um motor ou, em casos mais complexos, aquele que possui placa eletrônica para tomada de decisão.
Entram na categoria de lixo eletrônico: geladeiras e freezers, micro-ondas e cafeteiras, torradeiras e ventiladores, computadores e celulares, controles remotos e cabos, entre outros exemplos.
Importante lembrar que CDs e DVDs, por sua composição, também entram na categoria de eletrolixo.
Os eletrônicos carregam substâncias tóxicas como mercúrio e chumbo que, quando manuseadas sem cuidado, podem causar contaminação.
O estrago atinge uma escala ainda maior quando estes aparelhos acumulados em lixões e aterros sanitários liberam metais pesados no solo, poluindo a água e impactando ecossistemas inteiros.
Além do projeto da Green Eletron e dos pontos de descarte oferecidos pela Prefeitura, a cidade de São Paulo abriga uma iniciativa que recicla eletroeletrônicos. É a Coopermiti, referência brasileira em logística reversa do setor.
“É muito comum as pessoas associarem lixo eletrônico só com computador e com celular. Esquecem que secador de cabelo, liquidificadores e sanduicheiras são lixos e-lixos também. Tudo que funciona com eletricidade, inclusive com pilhas e baterias, entram nessa categoria”, explica Alexandre Luiz Pereira, presidente e idealizador da cooperativa de materiais eletrônicos.
Caso você tenha em sua casa aparelhos eletrônicos que precisam ser descartados, não deixe de procurar a Coopermiti, que fica na rua João Rudge, 366, Casa Verde Baixa, zona Norte da cidade.
Confira os pontos de descarte de lixo eletrônico na capital paulista e faça sua parte!
Texto produzido em 7/6/2022
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