08 de Fevereiro de 2022,13h00
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Companheira no dia a dia das mulheres, as calcinhas são peças indispensáveis no guarda-roupa feminino. Entretanto, há quem opte pelas calcinhas descartáveis, que voltaram a ser tema de debates após uma participante do BBB 2022 revelar que levou esse tipo de item de uso único para o reality.
Mas afinal, como isso é visto do ponto de vista da sustentabilidade? Bom, vamos lá e as notícias não são boas.
A calcinha descartável é mais uma ameaça para o meio ambiente. Assim como as calcinhas normais, as descartáveis são fabricadas com diferentes tipos de tecidos.
Mas diferente das convencionais, como o próprio nome diz, elas são de uso único e não são recicláveis.
As mais populares, produzidas com plástico, material que leva pelo menos 100 anos para se degradar, geram um impacto ambiental nocivo e são “nada a ver” com os valores de sustentabilidade do século XXI.
Sem falar nos aditivos químicos, que evitam odores e facilitam a absorção de fluidos, mas que podem contaminar o meio ambiente, mesmo se descartadas corretamente.
Esse tipo de peça descartável, importante lembrar, é usada normalmente em hospitais, clínicas e ambientes do tipo, como medida de higiene e de prevenção de contaminações.
Para piorar, mesmo se descartadas corretamente, as calcinhas descartáveis, além de impactar no volume de resíduos nos aterros sanitários, ainda têm como consequência a geração de microplásticos.
"Essas partículas nunca desaparecem e se misturam à água que nós bebemos e ao ar que respiramos”, explicou o professor Pedro Jacob, do Instituto de Química da USP (Universidade de São Paulo), em entrevista ao portal UOL.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, baseado em estudos internacionais, a humanidade já consome 30% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra.
Se os padrões de consumo e produção continuarem nesse ritmo, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atenderem nossas necessidades de água, energia e alimentos.
Portanto, devemos com urgência abandonar hábitos ultrapassados e banir de uma vez por todas os itens de uso único, buscando vincular nosso consumo do dia a dia aos valores da logística reversa e da economia circular.
Texto produzido em 8/2/2022
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