18 de Setembro de 2024,12h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
Localizado na zona leste da capital, o Colégio Agostiniano Mendel fez história ao se tornar a primeira escola de grande porte da cidade de São Paulo e da América Latina a conquistar a Certificação Lixo Zero.
Concedida pelo Instituto Lixo Zero Brasil e reconhecida internacionalmente pela Zero Waste International Alliance (ZWIA), a certificação coroa o engajamento dos alunos e professores, que são exemplos para o Brasil e para o mundo.
De acordo com as normas da ZWIA, recebem o selo Lixo Zero empresas, eventos e instituições que conseguem desviar mais de 90% dos seus resíduos de aterros sanitários.
Isso significa que o Agostiniano tem um sistema para garantir que a quase totalidade do lixo gerado durante suas atividades seja reciclada ou transformada em composto orgânico, que é um tipo de fertilizante natural produzido a partir dos restos de frutas, legumes e verduras.
Ao longo dos últimos três anos, o colégio implementou uma série de iniciativas voltadas para a redução da geração de resíduos e conscientização.
Entre as principais ações, estão o uso de canecas, garrafas, copos e talheres retornáveis ou compostáveis no restaurante, a instalação de composteiras para o lixo orgânico e um amplo programa de treinamento.
Ações voltadas para a sensibilização de alunos, familiares, colaboradores e comunidade escolar também fazem parte das boas práticas desenvolvidas no Mendel.
Além disso, a escola revisou sua política de compras, adotando um manual com foco na sustentabilidade, e aderiu a projetos de logística reversa para resíduos especiais: cápsulas de café, materiais de escrita, eletroeletrônicos, óleo de cozinha e esponjas de louça.
Nas salas, um amplo trabalho pedagógico é desenvolvido com os alunos por meio de aulas de sustentabilidade, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
No Ensino Fundamental Anos Finais, os alunos participam do Grupo Socioambiental, que ajuda a disseminar o conceito Lixo Zero entre os colegas, promove ações de engajamento e realiza visitas às cooperativas da cidade de São Paulo.
“Implementamos uma verdadeira transformação sustentável, mas o desafio não se encerra na certificação. Agora, temos o dever de zelar pela manutenção desse percentual. Só conseguiremos manter esse patamar investindo cada vez mais em conscientização, não só para nossos alunos, mas também para suas famílias”, explica a professora Luciana Barão Acuña, uma das coordenadoras do Projeto Lixo Zero, ao lado dos professores Simone Bacic e Douglas Rene.
“É um trabalho árduo, porém muito gratificante, pois sabemos que estamos educando cidadãos para um mundo melhor. Com engajamento, parcerias e inovação, é possível transformar a cultura de uma comunidade e contribuir para um futuro mais sustentável”, finaliza Barão.
Estudo foi apresentado durante 8º Fórum Mundial de Economia Circular em São Paulo
Prazo estabelecido pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos venceu em agosto de 2024
Dados revelam desafios para ampliar volume de reaproveitamento e economia circular no país
Organização africana transforma chinelos descartados nas praias em esculturas artísticas