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Composteira Automática

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O que você costuma fazer com os restos ou sobras de comida na sua casa? Um estudo realizado pela Embrapa, com apoio da FGV (Fundação Getúlio Vargas), em setembro deste ano constatou que uma família brasileira joga 128 quilos de comida na lixeira por ano, sendo que aproximadamente 40% desse peso corresponde ao arroz e feijão. Isso faz com que o Brasil figure na lista dos 10 países que mais desperdiçam alimentos no mundo.

Os resíduos orgânicos correspondem a 60% do lixo enviado aos aterros. Eles geram metano, gás de efeito estufa, 20 vezes mais potente que a emissão de gás carbônico de um carro. Mudar essa realidade é mais fácil do que parece e pode começar dentro de casa com a compostagem, um processo de decomposição dos alimentos que transforma os resíduos orgânicos em adubo. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os resíduos orgânicos no Brasil correspondem a 50% do total de lixo gerado e apenas 2% vai para o processo de compostagem.

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Resíduos orgânicos compostáveis. Foto: Recicla Sampa

Composteira Automática em casa

O empresário João Rocha Monteiro adquiriu há seis anos uma composteira automática em casa. A máquina processa restos de alimentos e os transforma em adubo em até 24 horas, por meio de microrganismos já existentes dentro dela. “O que pegamos do meio ambiente, volta em forma de adubo para alimentar o solo. A composteira automática ajuda nesse processo”, conta.  

Outro ponto positivo é que dentro dela é possível descartar não apenas cascas de frutas, verduras, legumes, mas também restos de comida como todos os tipos de carnes, arroz, feijão, entre outros alimentos. Na composteira caseira tradicional, que utiliza minhoca no processo de decomposição, só são permitidas cascas de ovos, frutas, legumes, verduras, sementes, folhas secas e podas. O arroz e o feijão, por exemplo, entre outros alimentos, podem ocupar no máximo 20% do volume da composteira. “Esse processo mudou minha vida e produz um adubo de altíssima qualidade. Eu sinto a diferença no gosto da fruta que eu colho do pé, adubado com o que saiu da máquina de compostagem”, conclui o empresário.

Especialistas em meio ambiente consideram o processador automático um dos métodos que mais aceleram a decomposição do alimento para virar adubo. Ela é movida a energia elétrica, tem menos de um metro de altura, 40 cm de largura e pode ser colocada em qualquer lugar da casa.

A moradora da zona sul de São Paulo, Karin Srougi, também utiliza a composteira automática há um ano em seu apartamento. Mãe de duas crianças, de 4 e 8 anos, percebeu que os filhos ficaram mais engajados ambientalmente depois da chegada da máquina. “Eles começaram a colocar a quantidade certa de comida no prato para não desperdiçar. Quando eles não aguentam comer, colocamos as sobras de comida na composteira”, explica Karin.

O adubo oriundo dessas sobras de comida é utilizado nos jardins do condomínio em ela mora. Karin sente que dessa forma está contribuindo com o meio ambiente ao transformar lixo orgânico em algo útil.

“Sei que é caro, mas a composteira automática foi a solução mais rápida que encontrei para ser mais sustentável”, diz.

O preço elevado ainda faz com que algumas pessoas prefiram a composteira caseira tradicional. A máquina de compostagem automática custa em torno de R$ 6.500,00, enquanto a composteira doméstica tradicional, tem preços que variam entre R$ 300,00 a R$ 500,00.

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Entenda o processo da composteira tradicional

A fermentação dos alimentos que vira adubo graças ao trabalho das minhocas é uma técnica que existe há muito tempo. Especialistas acreditam que isso já ocorria até mesmo antes de Cristo. O processo, que é muito utilizado em áreas rurais, foi adaptado para uso em centros urbanos e hoje até em pequenos apartamentos é possível fazer a compostagem.

O modelo caseiro é feito com três caixas do mesmo tamanho, uma em cima da outra. A primeira deve estar vazia e com pequenos furos para receber as sobras. A caixa do meio é onde acontecerá o processo de compostagem e com a ajuda de minhocas, transformarão os resíduos em adubo após a decomposição. O último recipiente vai armazenar o biofertilizante, líquido rico em nutrientes que pode ser utilizado para regar as plantas. “O minhocário ou composteira doméstica são sistemas extremamente práticos e de baixo custo para transformar as sobras de comida nos melhores adubos possíveis: o húmus de minhoca e o composto. Tudo ocorre naturalmente, em um pequeno espaço e sem qualquer odor desagradável”, conta Victor Vieira, consultor da Morada da Floresta, uma loja de composteiras tradicionais.

Compostar em ambientes pequenos não é difícil. A fotógrafa e educadora ambiental, Paula Lopes faz o processo na varanda de seu apartamento de 53 metros quadrados. Uma cultura que vem de sua infância, quando via a avó reaproveitando os resíduos. O engajamento para avançar aflorou após a realização de um curso de permacultura, ciência que estuda a permanência dos produtos no mundo, incluindo frutas e verduras, alimentos que fazem parte do consumo diário de Paula.

“Não fazia sentido eu jogar na lixeira sabendo que posso transformar os resíduos orgânicos que consumo em adubo”, conclui Paula.


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