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Retalhos de tecido são passíveis de reciclagem e reutilização. Foto: Pexels

Existe em São Paulo um grupo de pesquisadores da USP que criou uma iniciativa voltada para soluções definitivas relacionadas aos resíduos têxteis. A plataforma coleta dados sobre descarte de tecidos e possui projetos sociais que formam artesãos que utilizam sobras têxteis para confeccionar peças como bolsas, tapetes, almofadas e outros produtos.

Algumas pessoas não sabem, mas os retalhos, quando limpos e selecionados, são passíveis de reciclagem e reutilização. A iniciativa oferece oficinas de aprendizagem para produção de tapetes feitos com sobras de tecidos gerados nas indústrias. As aulas são dadas em Centros de Acolhida para pessoas carentes. A atividade possibilita a geração de renda com a venda dos produtos em feiras e bazares.

“Este é um projeto que está comigo desde 2015. Já passaram por nós mais de 500 alunos. É gratificante ver as pessoas em situação de vulnerabilidade aprendendo um ofício. No curso, nós conseguimos para eles, uma carteirinha de artesão para que possam exercer o trabalho. Teve uma edição especial, em que eu acompanhei de perto cerca de 15 alunos. Eles tiveram apoio psicológico, pedagógico e voltaram a estudar. Cerca de 30% deles conseguiram se reerguer e sair de uma realidade difícil”, conta a pesquisadora e doutora Francisca Dantas Mendes, mais conhecida como professora Tita, que lidera o grupo de pesquisadores.

Tita conta que a reinserção das pessoas na sociedade é o que faz todo o trabalho com resíduos de tecidos valer a pena.

“Tivemos um caso de um aluno que estava em situação de vulnerabilidade, morando na rua, e ele aprendeu a fazer tapetes com sobras têxteis. Ele começou a ganhar renda com o novo ofício e decidiu voltar para o estado dele e abrir um negócio. Essas histórias me deixam muito feliz e realizada”, conta.

Residômetro

Além dos projetos sociais que mudam a vida das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade, Tita e seus alunos criaram uma plataforma chamada “residômetro”, onde se quantifica os resíduos têxteis. É possível ver a quantidade de materiais coletados na cidade desde 2017, ano em que começou a contagem. De acordo com Tita, os dados são coletados a partir de cálculos que contaram com a ajuda da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) e da Loga.

De 2017 até 2020 (antes da pandemia), foram mais de 29.169 toneladas de resíduos têxteis gerados na cidade, dos quais 23.824 são de materiais de corte produzidos em confecções e o restante de roupas pós-consumo. Atualmente, o “resídometro” parou de contabilizar as peças por conta do isolamento social.

Futuro

A professora Tita conta que a meta do Sustexmoda é ter um espaço para receber sobras de tecido. O objetivo é aprofundar as pesquisas acadêmicas e também firmar cada vez mais as oficinas de artesanato com os insumos recebidos. “Gostaria de ter um galpão para receber os resíduos têxteis gerados na cidade de São Paulo”, finaliza.

Texto produzido em 29/09/2020

 


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