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Construção de casas sustentáveis cresce no Brasil

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Número de construções residenciais verdes no país cresceu 40% entre 2022 e 2023.

Dados divulgados recentemente pelo Green Building Council Brasil, ONG especializada em moradias de baixo impacto ambiental, indicam que a construção de casas sustentáveis disparou no Brasil.

De acordo com o levantamento, o número de construções residenciais verdes cresceu 40% entre 2022 e 2023, índice que sinaliza uma mudança rumo às práticas ambientalmente responsáveis no setor imobiliário.

“Observamos um interesse cada vez maior do consumidor final em soluções de baixo impacto ambiental, como o steel frame e a energia solar”, destaca a repórter Aline Melo, na Casa e Jardim, fonte desta reportagem.

Caroline Siqueira, sócia vice-presidente do Grupo Innova Steel, explica que enquanto as obras de alvenaria consomem em média 500 litros de água por m², o método steel frame consome apenas 5 L/m².

“Além disso, o uso de água é somente no momento da fundação, ou seja, após a base não é necessário mais trabalhar com água. Outro ponto que mostra a sustentabilidade presente é que não se utiliza cimento e argamassa no processo de montagem”, conta Siqueira.

Outra tecnologia verde vinculada ao setor que não para de crescer é a energia solar, cada vez mais barata acessível.

Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, mostra que 66% dos entrevistados consideram importante ter energia solar em casa.

“Estamos vindo de uma queda de preço dos equipamentos fotovoltaicos, além de diminuição da taxa de juros e um posicionamento dos bancos, que demonstram estarem mais abertos ao financiamento da energia solar, o que facilita o acesso da população”, diz Luca Milani, CEO e fundador da 77Sol.

Para se ter uma ideia, fontes renováveis de energia podem ser responsáveis por 95% da geração de eletricidade no Brasil em 2026, é o que prevê um relatório publicado recentemente pela Agência Internacional de Energia (AIE).

Ainda de acordo com o documento, no mundo esse índice pode chegar, no melhor dos cenários, a 37%, dado que coloca o Brasil na vanguarda da transição para energias limpas: nuclear, eólica, solar, hidroelétrica.

Boa parte dessa melhora, informam os pesquisadores, é resultado da popularização de sistemas domésticos de energia solar fotovoltaica, cada vez mais acessíveis e baratos, e dos investimentos em energia eólica no país.

“Em nossa previsão, a geração combinada de energia eólica e solar fotovoltaica em 2026 será quase 50% maior que a de 2022”, avalia a equipe de pesquisa.


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