28 de Abril de 2022,15h00
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Os Ministérios da Economia e do Meio Ambiente detalharam na semana passada durante uma entrevista coletiva os impactos do Certificado de Crédito de Reciclagem, batizado de Recicla+.
A medida deve beneficiar mais de 800 mil agentes ambientais, popularmente conhecidos como catadores de materiais recicláveis, e milhares empresas, além, claro, de promover a destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e impulsionar a economia circular no Brasil.
Como funciona o crédito de reciclagem
Basicamente, o crédito de reciclagem é um sistema pelo qual os agentes do setor (cooperativas e catadores) comprovam a destinação correta dos resíduos por meio de uma nota fiscal de venda do material coletado.
Já as empresas que precisam respeitar determinações ambientais impostas pela PNRS compram essas notas e com elas vêm o direito associado à destinação adequada.
Assim, a empresa cumpre sua obrigação legal com a logística reversa dos produtos que coloca no mercado.
Segundo um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mais de 242 mil empresas possuem essa obrigação legal no Brasil.
Estima-se que atualmente o custo das empresas com obrigações ambientais fica entre 9% e 15% do faturamento. Com o crédito de reciclagem, o custo pode cair mais de 80%.
“A aquisição do direito é opcional, mas representa uma solução para empresas que não dispõem de sistemas próprios de logística reversa”, explica Erik Figueiredo, presidente do Ipea.
Já o secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André Luiz Felisberto França, destaca que a medida inédita tem potencial para injetar recursos na cadeia da reciclagem de forma sem precedentes no país.
“É uma solução inteligente que aproxima quem recicla de quem precisa reciclar, aumentando a percepção de valor dos recicláveis e mostrando que lixo nada mais é do que matéria-prima fora do lugar, que, quando descartado de forma adequada, pode ser um promotor de geração de emprego e renda com sustentabilidade”, avalia França.
Texto produzido em 28/4/2022
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