13 de Maio de 2019,12h00
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Há dois anos o vendedor de frutas em semáforos, Diego Saldanha, teve uma ideia para tentar acabar com a poluição do rio Atuba, em Colombo, cidade da região metropolitana de Curitiba: ele criou uma ecobarreira, que desde janeiro de 2017 já conteve mais de uma tonelada e meia de resíduos.
Em entrevista para o portal de notícias UOL, Saldanha conta que sua principal motivação foram as boas lembranças de sua infância, marcadas por diversas brincadeiras no rio. “A água era cristalina, cheia de peixe, dava para nadar sem medo. Sei que é difícil voltar a ser o que era, mas é o que busco", disse.
Fogão, tanque, máquina de lavar, aquecedor elétrico, bonecas, latas, garrafas pet e os mais inusitados materiais já foram retirados do rio. Alguns deles tiveram como destino um “museu” que o vendedor criou ao lado da ecobarreira, para que as pessoas tenham ideia do que é despejado nessas águas. "Até um sofá já retiramos do rio”, conta na entrevista.
Mas você pode perguntar: o que ele faz com o que retira do rio? Recicla, restaura e reaproveita. A mãe do vendedor de frutas restaura o que é possível e vende em um brechó. As garrafas de plástico encontram destino certo em um projeto da escola municipal onde seus filhos estudam, o que estimula os alunos a levarem o lixo reciclável para a escola, que depois é vendido, e o recurso revertido para a própria escola.
Para a construção da ecobarreira, Saldanha utilizou apenas galões plásticos de água de 20 litros, uma rede de proteção, pedaços de cordas, argolas e uma tesoura. Nesse vídeo para o programa Estúdio C, da TV Globo, o vendedor compartilha sua ideia e ensina passo a passo como criar uma ecobarreira. “Isso aqui pode ajudar a salvar o nosso planeta”, comenta com esperança.
Saldanha investiu mil reais na construção da ecobarreira. Um dinheiro oriundo da venda de frutas em semáforos de Curitiba, sua forma de sustento. "Às vezes, perco dia de trabalho para dar palestras em escolas, explicar o que é a ecobarreira. Mas não ligo, é uma coisa que gosto de fazer", finalizou.
Fontes: Razões para acreditar, UOL, Estúdio C (TV Globo)
Texto produzido em 23/11/2018
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