13 de Marco de 2019,12h00
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O maior sonho de consumo do brasileiro é viajar, aponta um estudo encomendado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz. E se esse desejo fosse diretamente alinhado à preservação do meio ambiente? Isso pode acontecer! O chamado "turismo de conservação" une as duas atividades com o objetivo de oferecer ao viajante uma participação ativa em ações voltadas à proteção da biodiversidade, fazendo com que ele se torne um ecovoluntário.
Com base localizada no litoral catarinente, o Instituto Ekko Brasil (IEB) é um exemplo dessa experiência. Por meio do Projeto Lontra, voltado à recuperação e conservação da Lontra Neotropical, o viajante se torna também um voluntário na preservação do meio ambiente obtendo experiência direta com a natureza. Lá, ele trabalha com atividades desenvolvidas com as lontras que estão em cativeiro e também com as que estão em seu ambiente natural, participando desde a alimentação e do estudo de comportamento, até a coleta de dados e deslocamento por meio de trilhas e caiaques para observação.
A presidente do Instituto, Alessandra Bez Briolo, afirmou, em entrevista ao portal Ciclo Vivo, que o papel do turista no projeto é substituído pelo do ecovoluntário. "Como somos uma ONG, aqui o turista se propõe a participar dos projetos unindo aprendizagem e conservação do meio ambiente com conhecimento de novas culturas e lugares, como acontece no turismo tradicional", explica.
Para ser um ecovoluntário no Projeto Lontra, o turista deve se cadastrar por meio de um formulário no site do IEB e realizar seu contato. A ONG não dispõe de recursos financeiros, portanto, o ecovoluntário deve arcar com seus custos por meio do pagamento de uma taxa diária, que inclui hospedagem com TV a cabo e Wi-Fi gratuito, e translado de ida e volta do aeroporto até a base do projeto.
Além do Projeto Lontra, outras demais instituições oferecem programas de ecovoluntariado no Brasil. Indicado para estudantes de biologia e interessados em desenvolver uma carreira no âmbito da preservação marinha e ambiental, o programa do Instituto Baleia Jubarte, que acontece na Praia do Forte e em Caravelas (Bahia), é voltado à pesquisa das baleias, observando indícios da presença destes animais.
No Projeto Mucky, localizado em Itu (São Paulo), o voluntário atua no cuidado dos primatas e na manutenção do local. Já no Caminho Marinho, a oportunidade é trabalhar com profissionais e estudantes no desenvolvimento de pesquisas e estudos sobre as tartarugas marinhas. E, para aqueles que amam vida silvestre, uma imersão no Criadouro Onça Pintada, localizado em Campina Grande do Sul (Paraná), pode ser uma boa oportunidade de atuar na preservação de espécies ameaçadas.
Fontes: Pesquisa SPC + Meu bolso feliz, Instituto Ekko Brasil, Ciclo Vivo, Instituto Baleia Jubarte, Projeto Mucky, Caminho Marinho, Criadouro Onça Pintada
Texto produzido em 29/11/2018
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