18 de Abril de 2019,12h00
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Causa comoção quando se vê imagens de animais marinhos presos ou engasgados com canudos plásticos. O apetrecho é o principal inimigo da saúde de muitas tartarugas ou peixes que o confundem com comida. Além de bagunçar a vida dos seres dos oceanos, o plástico demora cerca de 400 anos para se decompor no planeta.
O jeito para solucionar esse problema é evitar o uso ou criar formas para substituir o plástico, principal material utilizado na produção dos canudos. Foi o que fez a estudante de Campinas (SP), Maria Pennachin, de 16 anos, que criou um canudo biodegradável, comestível e flexível à base de inhame que, se jogado na fauna e flora, não causa nenhum impacto ambiental.
A iniciativa foi tão inovadora que a aluna do Colégio Estadual Culto à Ciência conquistou o 1º lugar na edição deste ano da Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), na categoria meio ambiente. A colocação fez com que a aluna apresentasse o projeto em um evento internacional em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, que vai ocorrer em setembro de 2019. A jornada até o Oriente Médio será árdua, pois a estudante busca patrocínio para investir no biocanudo.
A estudante relata que a criação do canudo utensílio se deu a partir do debate sobre o descarte irregular na natureza e sobre a proibição do canudo de plástico em algumas cidades paulistas. O impedimento do uso nesses municípios levantou uma polêmica entre os deficientes físicos que dependem do canudo para ingerir alimentos, já que ele é firme e confiável.
Por causa dessas questões, Maria - com a orientação de duas professoras - conseguiu criar o canudo de inhame que traz a mesma consistência do produto de plástico. Ela realizou vários testes até chegar à fórmula final e constatar que o biocanudo não dissolve no líquido. A aluna também garante que o canudo não tem gosto de inhame e de nenhum outro elemento natural usado na composição.
A escola foi uma incentivadora na criação do projeto de Maria. O colégio fomenta projetos de meio ambiente e o tema para este ano foi a questão dos resíduos sólidos.
Fonte: G1, Ciclo Vivo
Texto produzido em 15/10/2018
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