18 de Julho de 2019,12h00
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Estima-se que mais de 100 mil bolas de golfe são perdidas por ano em Pebble Beach, na Califórnia, conhecido como um dos principais destinos dos apreciadores e praticantes de golfe. Mas, de que maneira isso pode interferir na vida marinha? Foi o que a jovem Alex Weber decidiu investigar com a ajuda do pesquisador Matthew Savoca. Enquanto mergulhava no Santuário Marinho Nacional da Baía de Monterey, a estudante se deparou por diversas vezes com um grande número de bolas de golfe no fundo do oceano. Incomodada com o fato, passou a recolher uma a uma junto com a ajuda de seu colega Jack Johnston, recuperando mais de 10 mil unidades.
Foi então que Alex resolveu contatar o pesquisador Matthew Savoca, reconhecido nacionalmente por seus estudos sobre a poluição plástica marinha. O objetivo da jovem era obter uma orientação sobre o problema ambiental que parecia incomum: a presença desse artigo esportivo no oceano.
"Graças a Alex Weber, sabemos que as bolas de golfe corroem no mar ao longo do tempo, produzindo microplásticos perigosos. Recuperará-las logo após chegarem no oceano é uma forma de mitigar seus impactos", conta o pesquisador em matéria para a Revista Galileu.
A iniciativa de Alex e seu amigo foi de grande auxílio ao meio ambiente. Ela produziu, ao lado do pesquisador, um estudo sobre esse poluente marinho que buscou explicar de que maneira ele pode afetar os animais. O que se detectou de fato é que muitos campos de golfe populares usam o oceano como "zona de perigo" ou "fora dos limites", o que faz com que as bolas sejam ali despejadas, prejudicando a vida marinha. Feitas de borracha sintética e revestidas por elastômero de poliuretano, as bolas de golfe recebem em sua produção químicos como óxido de zinco, acrilato de zinco e peróxido de benzoíla. Ao passo que elas vão se desintegrando no fundo do mar, liberam os produtos químicos das quais são feitas e microplásticos.
Além das informações obtidas por meio da pesquisa, um outro aspecto positivo foi o recolhimento de mais de 50 mil bolas de golfe da costa e de águas rasas, o que representa cerca de 2,5 toneladas de detritos no oceano, incentivando administradores de campos de golfe da Califórnia a atuarem na remoção das bolas assim que despejadas no oceano, buscando diminuir seus impactos. "Embora este estudo seja local, as descobertas são preocupantes para outras regiões com campos de golfe costeiros. No entanto, há uma mensagem positiva: se uma estudante do ensino médio consegue ajudar o meio ambiente, qualquer um pode", conta Matthew para em artigo publicado na The Conversation.
Fontes: Revista Galileu,The Conversation
Texto produzido em 22/01/2019
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