14 de Julho de 2021,12h00
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Algumas das maiores ONGs ambientais da Europa uniram forças nas últimas semanas para exigir o fim do que ficou conhecido como fast fashion na indústria têxtil, uma das mais poluentes do mundo.
O grupo revelou que além de rejeitar uma série de acordos propostos pelas companhias e governos, ainda pediu aos representantes da União Europeia a responsabilização das grandes marcas por sua contribuição para a poluição global.
As ações fazem parte da campanha Wardrobe Change (Revolução do Guarda-Roupas) e demandam uma legislação que impeça a superprodução descontrolada de produtos têxteis e reduza o impacto ambiental.
As medidas propostas incluem padrões mínimos de quanto tempo as roupas devem durar, a proibição da destruição de mercadorias não vendidas e devolvidas, além de metas ambiciosas para uma redução expressiva na quantidade de recursos naturais utilizados em toda a cadeia produtiva.
O grupo também exige regras urgentes para os produtos químicos utilizados na indústria da moda e medidas para combater seus danos ambientais e sociais, incluindo iniciativas de fiscalização sobre violações dos direitos trabalhistas, recorrentes no segmento.
O movimento ganhou força nos últimos meses em função de pesquisas que indicam que a produção de produtos têxteis e seus impactos ambientais e sociais não param de crescer, apesar de muitas iniciativas de sustentabilidade estarem em andamento.
Neste contexto, a Comissão Europeia para o Meio Ambiente decidiu escutar os dois lados da história antes de propor novas medidas restritivas até ao final deste ano, que devem centrar-se na redução da quantidade de recursos naturais utilizados e no fomento do mercado de recicláveis e de segunda mão.
“Não podemos pedir às pessoas que façam sua parte no que diz respeito à sustentabilidade se as empresas multibilionárias responsáveis por promover hábitos de consumo insustentáveis não estão sendo responsabilizadas”, opina Emily Macintosh, Diretora de Políticas Têxteis do European Environmental Bureau (EEB).
“O modelo de negócios linear e explorador da fast fashion deve se tornar coisa do passado. Nossas roupas precisam durar mais, serem mais fáceis de consertar, de reutilizar e serem fabricadas sem materiais e substâncias nocivas. Precisamos de leis ambiciosas que estabeleçam requisitos mínimos”, completa Valeria Botta, gerente de programa da Environmental Coalition on Standards (ECOS).
Texto produzido em 14/07/2021
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