12 de Marco de 2019,15h00
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Um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelou que um terço de todos os alimentos produzidos no mundo é desperdiçado durante o período de produção até o consumo final. Esse processo é responsável por 8% das emissões de gases que causam o efeito estufa. E os números referentes ao desperdício de alimentos podem crescer ainda mais, segundo Dados do instituto Boston Consulting Group (BCG), passando a ser de 30% até 2030.
Foi pensando nesse cenário que a ORCA nasceu. Trata-se de um equipamento que imita um processo natural de digestão de alimentos. Desenvolvido pela empresa canadense Orca Digesters, ele é capaz de transformar resíduos orgânicos em água. Ferramenta líder no setor de reciclagem do lixo alimentar, a ORCA utiliza o ar e a microbiologia para criar o ambiente biológico necessário para digerir os alimentos desperdiçados e transformar os resíduos em água reutilizável, que pode ser aproveitada para jardim, limpeza e utilização em vasos sanitários.
De acordo com Matt Wildsoet, diretor comercial da ORCA na América Latina, existem mais de 1.000 ORCAs instalas em todo o mundo, divididas em 10 países, em locais como hotéis, shoppings, restaurantes e supermercados. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, ele afirma que entre 70% e 80% da água contida nos alimentos pode ser recuperada pelo sistema. E que a utilização do serviço reduz para a empresa o gasto com água, transporte de lixo e uso de aterros sanitários.
Com uma filial instalada no Brasil em 2017, seu primeiro cliente é a rede de hotéis Hilton, empresa que acaba de adotar o sistema como parte das diferentes metas globais. Eles pretendem adotar o sistema visando cortar o impacto ambiental da rede pela metade até 2030. Gerente de alimentos e bebidas do Hilton São Paulo Morumbi, Tales Matzenbacher contou ainda à Folha que antes de adquirir o equipamento, eles ficavam no vermelho em relação às metas da companhia e enviavam 10% do lixo orgânico aos aterros.
"Com o equipamento, conseguimos afirmar que temos uma gestão de 100% dos resíduos do hotel", comenta.
Fontes: ONU, BCG, Folha de S. Paulo, ORCA
Texto produzido em 27/11/2018
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