25 de Junho de 2021,10h00
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A Magazine Luiza anunciou recentemente o início de um programa de logística reversa para coletar e reciclar eletrodomésticos e eletroeletrônicos. O projeto prevê que 500 pontos de coleta sejam instalados nas lojas da gigante do varejo até o fim deste ano.
Nesses espaços, os consumidores da rede e a população em geral poderão descartar diferentes itens de eletrolixo como geladeiras, fones de ouvido, secadores de cabelo, telefones celulares e aparelhos de TV.
A iniciativa é resultado de uma parceria com a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos (ABREE), que ficará responsável não apenas por coletar, mas também para dar a destinação correta ao material. Dez empresas já estão cadastradas para receber os resíduos eletrônicos.
Projetadas para dar autonomia ao consumidor, as estações de coleta vão receber os itens considerados “pequenos”, como secadores e telefones celulares. Para descartar itens maiores, como geladeiras e televisões, será necessário contatar um vendedor no local, que ficará responsável por receber os resíduos.
Em um comunicado à imprensa, Ana Luiza Herzog, gerente corporativa de Reputação e Sustentabilidade da Magalu, informa que os primeiros pontos serão instalados em 33 unidades da Grande São Paulo. Ainda segundo a executiva outros 467 espaços de coleta estarão presentes e lojas do Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul até o fim do ano.
“A gestão dos resíduos é um tema crucial para nós da Magalu. Vamos aproveitar a capilaridade das mais de mil lojas físicas espalhadas pelo país e a força da marca para impulsionar a conscientização sobre o tema”, diz Ana Luiza.
As Nações Unidas e a Organização Internacional do Trabalho alertaram recentemente que as atuais 50 milhões de toneladas de eletrolixo geradas a cada ano mais que dobrarão até 2050, tornando-se o fluxo de resíduos que mais cresce no planeta. No último levantamento da The Global E-waste Monitor 2020, o Brasil aparece na liderança do ranking da produção de E-Lixo na América Latina.
Para o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, a alta produção e o descarte incorreto colocam o mundo num iminente tsunami de lixo eletrônico. “Precisamos encarar essa questão da mesma forma que o mundo se mobiliza para proteger os mares e seus ecossistemas da poluição por plásticos e micro-plásticos”, afirma Tedros.
Além do projeto da Green Eletron e dos pontos de descarte oferecidos pela Prefeitura, a cidade de São Paulo abriga uma iniciativa que recicla eletroeletrônicos. É a Coopermiti, uma das principais referências brasileiras na área da logística reversa no setor.
“Fomos a primeira cooperativa brasileira a ter licenciamento ambiental da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para receber os equipamentos e desmontá-los para a reciclagem”, explica Alexandre Luiz Pereira, presidente e idealizador da cooperativa de materiais eletrônicos.
"É muito comum as pessoas associarem lixo eletrônico só com computador e com celular. Esquecem que secador de cabelo, liquidificadores e sanduicheiras são lixos e-lixos também. Tudo que funciona com eletricidade, inclusive com pilhas e baterias, entram nessa categoria", completa Alexandre.
Caso você tenha em sua casa aparelhos eletrônicos que precisam ser descartados, não deixe de procurar a Coopermiti, que fica na rua João Rudge, 366, Casa Verde Baixa, zona Norte da cidade.
Confira os pontos de descarte de lixo eletrônico na capital paulista e faça sua parte!
Texto produzido em 25/6/2021
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