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Médico recicla tampas de plástico para alimentar crianças carentes

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Todas as peças recolhidas são vendidas em cooperativas. O dinheiro arrecadado é utilizado para a compra de comida. Foto: Chris Richardson / Free images

A reciclagem não muda apenas o destino de resíduos e protege o meio ambiente, mas também transforma vidas. Um exemplo disso é a campanha “Tampa Amiga”, iniciativa criada pelo médico Bruno Pompeu Marques. Através da arrecadação de tampinhas de plástico e lacres rígidos, ele está proporcionando refeições para crianças carentes da região de Santos, litoral Sul de São Paulo.

Tudo começou quando Pompeo recebeu o pedido de uma colega para que recolhesse feches de latinhas para adquirir cadeiras de rodas, em um projeto da capital paulista. Por questões de logística, o médico não conseguiu seguir com a coleta. Foi então que o doutor e a esposa, Dulce Del Santoro, decidiram conduzir a dinâmica social pela Baixada Santista. Por meio de uma rede de apoio, criaram em fevereiro de 2018, o grupo ‘Captação e Catação’ no aplicativo de mensagens WhatsApp. A comunidade já possui cerca de 200 integrantes e não para de crescer.

“Nós pensamos que alguém poderia comprar plástico e fomos atrás de lugares que trabalhassem com a reciclagem desse material que demora tanto tempo para desaparecer no planeta. Lembro que na primeira ação recolhemos só 20 quilos de tampinhas e conseguimos comprar 6 caixas de leite. Aquilo nos empolgou muito”, contou o idealizador ao jornal Diário do Litoral.

 Além dos membros no time oficial, o trabalho ainda dispõe do auxílio de participantes indiretos que realizam o recolhimento dos objetos, abrem as portas de seus estabelecimentos para a armazenagem dos materiais, levam aos postos, efetuam a triagem e transportam os aparatos para a capital.

Todas as peças recolhidas são vendidas em cooperativas. O dinheiro arrecadado é utilizado para a compra de alimentos para crianças das instituições Lar Veneranda e Ação de Recuperação Social (ARS). Ao longo de apenas 10 meses, a atuação já coletou mais de 4,8 toneladas de plástico. “Trabalhamos com os três R’s: reciclar, reutilizar e reduzir. O plástico duro que coletamos é importado e tem um valor muito caro no mercado, além do fato de demorar séculos para se decompor no meio ambiente. É uma rede invisível e poderosa que queremos ver multiplicada por todas as cidades. Hoje, até mesmo nas entidades que auxiliamos, o processo virou uma ludoterapia: famílias inteiras fazem a coleta e reservam um espaço na semana para separação. Não acredito que temos que abolir o plástico e sim usá-lo de forma consciente”, afirmou ao veículo.

Para participar é fácil: a equipe pede para que as tampas sejam entregues limpas e, de preferência, separadas por cor. Essa divisão aumenta em 20% o lucro da venda dos artigos. Segundo o portal Razões Para Acreditar, as entregas podem ser feitas no Colégio do Carmo, na Ponta da Praia, nas portarias do edifício Med Center (Rua Olinto Rodrigues Dantas, 343, na Encruzilhada) e no consultório do fundador do programa (Avenida Afonso Pena, 170, no Boqueirão). Para saber mais, acesse a página do movimento no Instagram.

Fontes: Diário do Litoral, Razões Para Acreditar e Só Notícia Boa

Texto produzido em 08/01/2020


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