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O Brasil tem tudo para ser líder mundial em desenvolvimento sustentável

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De acordo com estudos, biodiversidade e os serviços ecossistêmicos geram emprego, renda e reduzem as desigualdades sociais e econômicas. Foto: jcomp / Freepik

Fator decisivo no desenvolvimento nacional, a biodiversidade está diretamente relacionada à qualidade de vida da população brasileira e deve ser incorporada nas discussões de políticas públicas. É o que defende Carlos Joly, professor da Unicamp e membro da coordenação da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), que busca colocar as questões de conservação e o uso sustentável da biodiversidade e serviços ecossistêmicos no cerne do modelo de desenvolvimento do país.

Lançado no dia 8 de novembro de 2018 pela BPBES, apoiada pelo programa BIOTA-FAPESP, o Sumário para Tomadores de Decisão do 1º Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade & Serviços Ecossistêmicos aponta que o Brasil, detentor da maior biodiversidade do planeta, tem a legislação, o capital humano e a capacidade para ser líder mundial em desenvolvimento sustentável.

Em entrevista a Agência FAPESP, Joly conta que o Brasil só tem a ganhar do ponto de vista econômico se sair do atual sistema de substituição de vegetação nativa por áreas agrícolas, por exemplo.

"É muito mais vantajoso para o país ter paisagens multifuncionais, com áreas agrícolas e de conservação, que permitam que os ecossistemas funcionem de forma muito melhor, mantendo os serviços ecossistêmicos essenciais, como o de recarga de aquíferos e de retirada de carbono da atmosfera”, comenta.

De acordo com o relatório, elaborado por um grupo de cerca de 100 cientistas, a  biodiversidade e os serviços ecossistêmicos geram emprego, renda e reduzem as desigualdades sociais e econômicas. Porém, isso só será possível se forem feitos investimentos em sua conservação e restauração, com políticas mais adequadas.

"Estamos formando mais do que um doutor por dia no setor de biodiversidade. Há muitos ganhos e o país tem histórico de liderança nos acordos globais, na diversidade biológica, no clima, no combate à desertificação e nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável", explica o professor de ecologia Fabio Scarano, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um dos coordenadores da plataforma, em reportagem publicada na  Revista Época Negócios.

Para Scarano, a iniciativa deve vir do governo e do setor privado para eliminar as ações contraditórias.

“Temos várias leis que não são cumpridas, cerca de 80% do desmatamento no país é ilegal. Temos também a necessidade de se mudar de uma prática marrom para uma prática mais verde de produção e consumo. E a iniciativa não deve vir só do governo, mas também do setor privado, para criarmos um ambiente mais favorável que se dê essa mudança”, afirma.

O relatório pode ser acessado na íntegra na página da BPBES.

 

Fontes: Agência FAPESP,Sumário para Tomadores de Decisão do 1º Diagnóstico Brasileiro de Biodiversidade & Serviços Ecossistêmicos,Época negócios,BPBES

 

Texto produzido em 26/11/2018


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