07 de Abril de 2021,18h00
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O Brasil é o quarto maior de gerador de resíduos plásticos do mundo e só 1,3% de tudo o que é produzido acaba sendo reciclado. De olho na solução desse grave problema, uma pesquisadora da Unicamp apresentou recentemente o resultado de um projeto de pesquisa que criou um plástico ecológico e comestível.
O material biodegradável é resultado da tese de doutorado de Farayde Matta Fakhouri nas Faculdades de Engenharia Química e da Engenharia de Alimentos da Unicamp, sob orientação da professora Lucia Helena Inoocentini Mei (FEQ) e da professora Fernanda Paula Collares Queiroz (FEA).
O material é produzido através de um processo de nome complicado: extrusão termoplástica, que une o amido à gelatina. Os dois ingredientes são expostos à uma altíssima pressão, sem a necessidade de incluir solvente na mistura.
Num segundo momento, acontece o processo chamado de “sopro”, muito utilizado em outros materiais, mas inédito na produção de materiais comestíveis. É dele que vem o produto final, batizado de bioplástico, já patenteado junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Segundo a equipe de pesquisa, vários tipos de amido, com diferentes proporções de gelatina, foram testados até que o resultado fosse satisfatório. Lucia Mei explica que o bioplástico é versátil, 100% livre de toxinas e pode ser utilizado na produção de cosméticos, produtos de higiene, remédios, produtos descartáveis e até mesmo de brinquedos infantis.
A tecnologia foi licenciada pela empresa Attomo que pretende produzir o biofilme e comercializá-lo. A empresa ainda afirmou, à Agência de Inovação da Unicamp, que pretende investir também no amido da mandioca. O material já foi usado por pesquisadores da USP para desenvolver um plástico biodegradável, transparente e resistente.
Texto produzido em 07/04/2021
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