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Planares prevê zerar lixões irregulares até 2024 no Brasil

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Ainda há cerca de três mil espaços desse tipo no país, nenhum na capital de SP. Foto: Nelson Antoine / shutterstock.com

Lançado em abril do ano passado, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) prevê zerar os lixões irregulares nos próximos dois anos no Brasil.

De acordo com o documento, elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente e a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), ainda há cerca de três mil espaços desse tipo no país.

Infelizmente, tentativas de acabar com os lixões são antigas e outras metas foram descumpridas ao longo das últimas décadas.

Leis dos anos 1980 e 1990 já falavam neste tipo de obrigação, inclusive com previsão de sanções penais e administrativas para quem descumprisse, mas isso só foi regulamentado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010.

Mesmo assim, sem o Planares, a PNRS era pouco eficiente. "O país acabou estagnado. Quando não tínhamos esse plano, ficávamos no abstrato. Não tinha como cobrar, exigir e monitorar”, explica Carlos Silva Filho, presidente da (Abrelpe).

Importante destacar que aqui na capital de São Paulo, todo lixo comum produzido em nossas residências vai para os Aterros Sanitários, grandes áreas preparadas tecnicamente para receber diariamente o material não reciclável.   

O que são lixões

Muito se fala, mas o que são lixões exatamente? São grandes áreas sem nenhuma preparação técnica para o descarte do lixo urbano.

Neles, os resíduos contaminam o solo, produzem gases tóxicos e aumentam os riscos de proliferação de doenças.

Qual a diferença de aterros sanitários e lixões

 “Aterro é uma obra de engenharia para a destinação ambientalmente correta dos resíduos. Você impermeabiliza o solo que vai receber o líquido, tem a captação de gases e a captação de chorume”, explica Edson José Stek, diretor de operações da Loga, uma das concessionárias de coleta de resíduos domiciliares e de saúde da cidade.

O caminhão chega ao aterro, é pesado em uma balança e descarrega o lixo. Com o uso de máquinas (tratores) inicia-se o processo de espalhar e compactar o lixo em camadas no terreno, que posteriormente será coberto por terra. Isso evita mal cheiro, insetos e animais.

Quando começa a se decompor, o lixo gera o chorume, um líquido escuro e produzido pela decomposição da matéria orgânica depositada, que será drenado e tratado para garantir a proteção ambiental, evitando a contaminação do solo e, principalmente, do lençol freático.

O tratamento do chorume é feito pela Sabesp, que recebe o líquido para efetuar o processo de separação da água e do lodo. A água é tratada e reutilizada e o lodo é destinado aos aterros sanitários por caminhões contratados pela Sabesp.

A Central de Tratamento de Resíduos Leste, um dos dois aterros sanitários de São Paulo, faz o encaminhamento do chorume através do que eles chamam de emissários (tubulações específicas para transporte do líquido) ligados diretamente às duas estações de tratamento da Sabesp – a Estação Barueri e a Estação de Tratamento de Esgoto Parque Novo Mundo.

Já no segundo aterro, a Central de Tratamento e Valorização Ambiental, não há tubulações ligadas diretamente à Sabesp e o líquido é enviado através de caminhões pipa, coletados em plataformas de bombeamento.

A decomposição do lixo também produz gases, entre eles o gás metano, um dos mais poluentes, que são coletados e queimados dentro da Estação de Queima de Biogás, localizada nos aterros, onde o gás metano é destruído para evitar a poluição do meio ambiente.

Parte do biogás gerado nos aterros sanitários também é captado e destinado à usina termelétrica movida a biogás, onde o gás metano, decorrente da decomposição dos resíduos orgânicos, é utilizado como combustível para geração de energia elétrica.

No caso de lixos hospitalares, industriais e de construção existem aterros sanitários específicos e de administração privada que recebem o que foi coletado.

ATERROS SANITÁRIOS EM SÃO PAULO

Central de Tratamento de Resíduos Leste (CTL): Estrada do Sapopemba, 23325, em São Paulo

Central de Tratamento e Valorização Ambiental (CTVA): Rodovia dos Bandeirantes, s/n Km 33, em Caieras


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