05 de Junho de 2019,12h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
Em 5 de junho de 1972, a ONU (Organização das Nações Unidas) realizava um dos eventos mais importantes sobre meio ambiente em Estocolmo, na Suécia. Uma conferência discutia o futuro ecológico do planeta. Na ocasião, foi instituído o “Dia Mundial do Meio Ambiente”.
O evento dos anos 70, conhecido como Conferência de Estocolmo, discutiu metas para nortear a política ambiental em todo planeta como os primeiros conceitos de desenvolvimento sustentável e a realização de um documento sobre o crescimento exponencial da população e o quanto isso afetaria o meio ambiente. “Apesar do assunto ser discutido com seriedade por chefes de Estado, é impossível afirmar que alguns problemas ambientais foram resolvidos a partir daquela reunião. Porém, houve uma ampliação na discussão”, avalia Lívia Ribeiro, engenheira e educadora ambiental.
Hoje em dia, ainda há uma enorme preocupação com o meio ambiente e os impactos devastadores da ação humana sobre ele. A destruição de áreas ecológicas e a vasta poluição são as principais causas que acarretam a extinção de várias espécies de animais, de biomas naturais e colocam em risco a saúde do homem. “Já evoluímos em termos de consciência ambiental, de como e por quê ocorrem esses problemas, mas ainda falta colocar muitas ações em prática”, opina a engenheira ambiental.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) até hoje organiza eventos mundiais para chamar a atenção do mundo para os problemas ambientais mais graves que acontecem na atualidade.
Em 2019, o tema em pauta é a poluição do ar. De acordo com informações da ONU, mais de 7 milhões de pessoas morrem prematuramente a cada ano em razão das péssimas condições do ar, sendo que 4 milhões destas mortes acontecem na região da Ásia e do Pacífico.
O encontro para debater essa questão acontecerá na China, no dia 5 de junho. Governos, indústrias, comunidades e indivíduos serão incitados a se unirem para solucionar o problema por meio da exploração de energias renováveis e tecnologias verdes, que garantem menos ou quase nenhuma poluição ao meio ambiente.
A escolha da China como o país-sede deste ano é para demonstrar que, apesar de ser um dos mais poluidores do mundo, a nação está se esforçando para se livrar do título. Quando o assunto é energia sustentável, os chineses são o número um no ranking mundial e têm conseguido resultados eficazes para combater a poluição do ar internamente.
Para essa questão em particular, os chineses vão liderar os trabalhos mundiais relacionados a esse assunto, estimulando ações globais para salvar milhões de vidas no planeta.
A China, com sua alta demanda de energias verdes, conseguiu que metade dos seus veículos automotivos sejam elétricos e 99% dos ônibus movidos a eletricidade no planeta são do país asiático. No Dia do Meio Ambiente, os chineses terão a oportunidade de mostrar ao mundo que estão melhorando a qualidade do ar e de vida dos seus cidadãos para outras nações.
De acordo com estudos da ONU sobre poluição do ar na Ásia e no Pacífico, implantar políticas públicas voltadas para tecnologias verdes, como energia eólica ou solar, poderia resultar na diminuição de 20% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2) e de 45% das emissões de metano. A redução desses compostos pode impedir a elevação da temperatura global em até um terço.
Ainda de acordo com o órgão, 92% das pessoas em todo o mundo não respiram ar puro. A poluição da atmosfera custa à economia global 5 trilhões de dólares por ano e a cidade de São Paulo não foge da estatística.
De acordo com Lívia Ribeiro, os moradores da capital paulista podem apresentar problemas respiratórios em razão do ar poluído. “São Paulo, assim como muitos centros urbanos, não têm áreas verdes suficientes para contribuir com a melhoria desse cenário. A presença de vegetação é fundamental na megalópole para auxiliar no equilíbrio do microclima e purificação da atmosfera”, conta a especialista.
A engenheira faz questão de frisar que a data não requer comemoração, mas reflexão, corresponsabilização e mudança em relação aos diversos desafios socioambientais enfrentados atualmente.
Por meio do Decreto Federal 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro estabeleceu que o Brasil promovesse a Semana do Meio Ambiente, com atividades sobre o assunto em todo o território. A promulgação tem como finalidade apoiar a participação dos brasileiros na preservação ambiental nacional.
Confira alguns eventos que acontecerão no Estado de São Paulo na Semana do Meio Ambiente:
- Recicla Sampa na Estação Luz – Linha 4 Amarela – Distribuição de compostos orgânicos próprios para adubagem
Data: 5 de junho
Horário: 10h às 16h
Endereço: Dentro da estação da Luz
- Sesc celebra mês do meio ambiente com mais de 200 atividades sobre o tema. Saiba mais aqui.
- 21ª Semana do Meio Ambiente da Fiesp
O Departamento de Desenvolvimento Sustentável e do Conselho Superior de Meio Ambiente da Fiesp realizam a 21ª Semana do Meio Ambiente entre os dias 4 e 6 de junho. O evento reunirá especialistas do setor para debater questões como políticas públicas de resíduos sólidos, modelos de produção, consumo e descarte, reciclagem, logística reversa e geração de energia. Para se inscrever, clique aqui.
- Tour gratuito conta a história dos rios e córregos da cidade de São Paulo. Saiba mais aqui.
- Durante a Semana Mundial do Meio Ambiente, a Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), juntamente com parceiros, fará uma série de ações ativando os serviços de varrição e reciclagem:
- Visitas às Centrais Mecanizadas para escolas municipais previamente cadastradas
Central Mecanizada Carolina Maria de Jesus
Agendamento através do e-mail: [email protected]
Data: 3, 4 e 5 de junho
Horários: 10h e/ou 15h
Central Mecanizada Ponte Pequena
Agendamento através do site: www.loga.com.br
Data: 3, 4 e 5 de junho
Horários: 10h e/ou 14h
- Visitas aos Pátios de Compostagem + Doação de Composto
Data: 3, 4 e 5 de junho
Horários: das 15h às 17h
Agendamento para grupo acima de 20 pessoas: [email protected]
Fonte: ONU
Texto produzido em 05/06/2019
Professor da USP aponta descarte irregular de navios como responsável pela poluição
Conteúdo destaca como resíduos mal descartados causam uma série de problemas
Legislação sobre papel e plástico segue pendente e gera preocupação em ambientalistas
Materiais têm baixa reciclabilidade em SP e quase sempre acabam nos aterros