09 de Junho de 2022,18h00
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A quantidade de plástico produzida globalmente pode triplicar até 2060, com cerca de metade dos resíduos descartados em aterros sanitários e menos de um quinto reciclado, de acordo com um novo relatório da OCDE divulgado na última semana.
Segundo o Global Plastics Outlook: Policy Scenarios to 2060, sem uma estratégia radical para conter a demanda, aumentar a vida útil dos produtos e melhorar a reciclabilidade dos materiais, a poluição plástica não vai parar de crescer.
Disponível em uma versão preliminar antes de sua publicação completa no final deste ano, o relatório ainda destaca que quase dois terços dos resíduos plásticos em 2060 serão descartáveis, de uso único, como embalagens, produtos de baixo custo e itens têxteis.
“Se queremos um mundo livre da poluição plástica, compatível com as ambições da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente, precisaremos promover ações muito mais rigorosas e globalmente coordenadas”, disse o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann.
“Nosso relatório propõe políticas concretas que podem ser implementadas ao longo do ciclo de vida dos plásticos e que podem reduzir significativamente – ou até eliminar – o impacto do lixo plástico no meio ambiente”, explica Mathias.
Em números, o documento projeta que o consumo global de plásticos deve subir de 460 milhões de toneladas em 2019 para 1.231 milhões de toneladas em 2060.
Esse crescimento será mais rápido nos países em desenvolvimento e emergentes da África e da Ásia, mas os países da OCDE ainda vão liderar a geração de lixo plástico por pessoa.
Cada cidadão de um país da OCDE deve gerar 238 quilos de resíduos plásticos por ano em média, enquanto os cidadãos do terceiro mundo vão gerar cerca de 77 quilos.
Se nada for feito, o descarte de plástico no meio ambiente deve dobrar, enquanto o acúmulo de resíduos em lagos, rios e oceanos mais do que triplicará no mundo todo.
Propostas do Global Plastics Outlook
O documento analisa o impacto em dois cenários potenciais. O primeiro, de ação regional, compreende uma combinação de políticas fiscais e regulatórias focada nos países da OCDE que poderia diminuir os resíduos plásticos em quase um quinto e diminuir pela metade seu impacto ambiental. Isso com uma perda de menos de 0,5% no PIB mundial.
O segundo, um cenário de ação global, inclui políticas mais rigorosas a serem implementadas no mundo todo e poderia diminuir os resíduos plásticos em um terço e eliminar quase completamente o descarte irregular no meio ambiente, reduzindo o PIB global em cerca de 0,8%.
O relatório também analisa como as ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa podem reduzir a poluição plástica, dada a interação entre o ciclo de vida do plástico, os combustíveis fósseis e as mudanças climáticas.
As políticas para reduzir os impactos ambientais e incentivar um uso mais circular dos plásticos devem incluir:
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