09 de Junho de 2021,10h00
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O projeto Feiras e Jardins Sustentáveis da Prefeitura de São Paulo coletou desde 2015 mais de 33 mil toneladas de resíduos que transformaram-se em aproximadamente sete mil toneladas de um composto orgânico de alta qualidade.
Os dados foram divulgados recentemente pela Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), responsável por capitanear a iniciativa, que oferece tratamento ambientalmente correto para restos de resíduos orgânicos de cerca de 180 feiras livres da cidade.
“O composto gerado nos pátios é utilizado como insumo em jardins e praças públicas. Além de reduzir o volume de despejo nos aterros sanitários, ele diminui o deslocamento de caminhões e as emissões de dióxido de carbono na atmosfera, proporcionando ganhos econômicos e ambientais significativos para o município”, informa em nota a autarquia.
Ainda segundo a Amlurb, o projeto também proporciona benefícios sociais já que o composto produzido é distribuído gratuitamente a agricultores familiares e projetos sociais desenvolvidos por ONG´s.
Atualmente, a capital conta com cinco pátios de compostagem, localizados nas regiões da Lapa, Sé, Mooca, Ermelino Matarazzo e São Matheus. Cada um possui capacidade para receber até três mil toneladas de resíduos por ano e para processar até 600 toneladas de composto no mesmo período.
Na prática, o projeto começa nas feiras, com a participação das equipes de educação ambiental das empresas de varrição, que orientam os feirantes a descartarem os restos de frutas, verduras e legumes em sacos oferecidos pela Prefeitura.
Ao final da feira, os agentes ambientais de limpeza passam para recolher o material e encaminham os resíduos para os pátios de compostagem da cidade.
Quando chegam ao pátio, os resíduos são misturados com restos de podas de árvore provenientes do serviço público e com a palha do transporte das frutas. A função da mistura é permitir a passagem de ar no interior dos resíduos.
Finalizado este processo, o material é disposto em leiras (canteiros) que são alimentadas uma vez por semana. Uma vez cheia, a leira entra em descanso e após 30 dias é feita uma homogeneização dos canteiros. Com mais 30 dias de descanso (120 dias no total) o material é retirado, peneirado e está pronto para ser distribuído à população.
Na natureza, tudo é reciclável. Nos ecossistemas, as plantas e animais mortos se decompõem no solo, onde a matéria orgânica se transforma em nutrientes para as florestas.
Foi observando essa capacidade incrível do planeta terra que há cerca de cinco mil anos os chineses criaram a compostagem, um processo para produzir insumos agrícolas que adubam as hortas e plantações.
Ou seja, compostagem é quando os humanos gerenciam e manipulam essa decomposição biológica natural com o objetivo de produzir uma matéria estável, que contém uma quantidade bem grande e diversa de microrganismos.
Com ampla capacidade de reter a água, esses micróbios e a matéria orgânica disponibilizam os nutrientes para as plantas e geram a estrutura e a fertilidade de um solo saudável, perfeito para o manejo de verduras, frutas, legumes e outros tipos de cultura.
Texto Produzido em 9/6/2021
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