18 de Junho de 2021,12h00
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Startup brasileira de logística reversa inteligente, a Green Mining desenvolveu em 2018 uma tecnologia para mapear e coletar embalagens pós-consumo e trazê-las de volta para o ciclo de produção de forma eficiente e socialmente responsável.
Desde então, a empresa fundada por Rodrigo Oliveira, consultor de planejamento e gestão de sistemas municipais de limpeza urbana, já coletou, somente em vidro, mais de 1,3 mil toneladas de garrafas. O trabalho evitou a emissão de cerca de 230 mil quilos de CO2 na atmosfera.
De quebra, a startup emprega coletores devidamente registrados, assinando a carteira e garantindo direitos para pessoas com poucas oportunidades de emprego, além de priorizar veículos não motorizados em suas operações de coleta, evitando ainda mais o impacto dos gases do efeito estufa.
“Temos uma solução com custo eficiente para que as empresas possam recuperar materiais e levá-los de volta à cadeia de suprimentos para cumprir seu papel na responsabilidade compartilhada, determinada na Política Nacional de Resíduos Sólidos, e ainda assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela ONU”, explica o site da Green Mining.
Através de um algoritmo exclusivo, a startup faz o mapeamento de pontos de geração de resíduos pós-consumo. Em áreas onde é identificada uma quantidade grande de lixo reciclável, é instalada uma central de recebimento batizada de HUB. Nela, o material coletado fica armazenado antes de seguir para a destinação final.
Todo o material é pesado em cada etapa do processo e registrado no sistema da Green Mining, que vai garantir que tudo o que foi coletado seja corretamente destinado à reciclagem. Desta forma, a empresa obtém o rastreamento total de origem, trajeto e destino, com segurança de tecnologia blockchain operada com smart contract.
Para a Green Mining, a questão não é apenas ambiental, mas também social. Por isso, um dos seus principais objetivos é garantir a dignidade aos agentes ambientais, popularmente conhecidos como "catadores de lixo reciclável".
O processo seletivo conta com candidatos que concluem o curso “Reciclar para Capacitar”, oferecido pela AMLURB (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), autarquia da Prefeitura de São Paulo. Os selecionados recebem um veículo oferecido pela empresa e rodam pelos bairros da capital para reunir resíduos recicláveis com extrema dignidade.
Desde 2010, quando foi instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a logística reversa passou a ser uma realidade nas empresas brasileiras. Mas o que é a logística reversa e porque ela é tão importante no contexto da reciclagem de lixo e no impacto dos resíduos no meio ambiente?
Bom, de acordo com o texto da Lei Federal 12.305/2010, a logística reversa é um conjunto de ações destinadas a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento ou destinação final ambientalmente adequada.
Na prática, a logística reversa promove a coleta, o reuso, a reciclagem, o tratamento e a disposição final dos resíduos após o consumo dos produtos. Ou seja, está diretamente vinculada à responsabilidade das empresas pelas embalagens onde seus produtos são vendidos. Consolidada em diferentes regiões do mundo, com destaque na Europa, essa importante prática vem ganhando espaço e adeptos a cada ano no Brasil.
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