Foto: Antônio Brasiliano/ https://antoniobrasiliano.carbonmade.com/
18 de Julho de 2018,11h22
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Você chega ao trabalho e toma um cafezinho. Provavelmente o copo é de plástico ou de isopor, para reter o calor. O isopor nada mais é, também, do que um tipo de plástico. No almoço, que tal um refrigerante de tamanho médio? O líquido, claro, vem envasado em uma garrafa PET. Esses foram apenas dois exemplos. Agora imagine, ao longo do dia, quanto plástico nós consumimos? Por isso, a conscientização sobre a reciclagem de plástico se faz tão necessária.
Uma das mais importantes invenções do século 20, o plástico é um polímero derivado do petróleo. Seu nome vem do grego “plastikós”, que significa “adequado à moldagem”. Faz todo o sentido, já que ele é um material flexível e facilmente moldável.
A era dos plásticos começou a surgir em 1907, quando o químico belga, Leo Baekeland, naturalizado americano, decidiu criar um substituto para a goma-laca e criou um isolante abundante a baixo custo.
Depois de estudar tudo sobre fenóis e formaldeídos (substâncias sintéticas abundantes e baratas), ele teve a ideia de apressar o processo de polimerização – reação química que provoca a combinação de um grande número de moléculas dos monômeros para formar uma macromolécula – ao empregar pressão e calor.
Em 1907, então, o químico criou o chamado “baquelite”, primeiro plástico inteiramente sintético e viável do ponto de vista comercial. Resistente ao calor e moldável, foi amplamente utilizado como isolante pela indústria elétrica. Conhecido como “o material dos mil usos”, era utilizado em brinquedos, rádios, bijuterias, máquinas fotográficas e até como dinheiro. Virou moeda na Indonésia durante a Segunda Guerra Mundial por não poder ser refundido (ou seja, derretido novamente).
“Com o desenvolvimento de novos plásticos, menos rígidos, mais resistentes e leves, o baquelite perdeu espaço em todos os mercados a partir dos anos 1960”, disse Roberto Mendonça Farias, pesquisador do Instituto de Física da Universidade de São Carlos e do Instituto Multidisciplinar de Materiais Poliméricos à Revista Pesquisa FAPESP.
Nem todo plástico é igual. Existem vários tipos e nem todos são compatíveis quimicamente entre si, o que pode resultar em produtos de baixa qualidade. No Brasil, de acordo com padrões internacionais, a norma técnica do plástico (NBR 13.230:2008) classifica o material em sete categorias diferentes. São elas:
Ao jogar os utensílios de plástico no lixo comum, eles acabam indo para aterros sanitários. Esta solução, apesar de econômica, não é sustentável. Primeiro porque o plástico demora de seis meses a 100 anos para se decompor (a depender do tipo).
Por essa razão, é tão importante a destinação adequada para cada tipo diferente de plástico, já que, caso sejam descartados indevidamente, eles irão poluir mares, rios e matas por meses, décadas e até séculos. Daí a importância da reciclagem de plástico.
Para não agredir o meio ambiente, a melhor opção é separar os produtos plásticos do restante do lixo em sua casa. Para colaborar com a coleta seletiva, basta encaminhá-los até um dos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) e depositá-los na lixeira ou recipiente de cor azul. Também é possível verificar se alguma cooperativa realiza a coleta em seu bairro. Para isto, basta clicar aqui.
Vale lembrar, que os produtos devem estar devidamente higienizados (de preferência, com água de reúso, como a da máquina de lavar) para que não atraiam ratos, baratas e demais pestes.
Depois de devidamente separados em casa e pelas cooperativas de catadores, o plástico pós-consumo (aqui, vamos nos referir a qualquer tipo) chegam às empresas recicladoras. Lá, basicamente, podem passar por qualquer um dos três tipos de reciclagem listados abaixo:
A mais comum e normalmente utilizada, esta técnica envolve quatro etapas:
A reciclagem química é o processo de despolimerização do plástico. A despolimerização é a reversão de um polímero para o um monômero ou para um polímero de menor peso molecular. Ela funciona por meio do processamento dos produtos plásticos e os transforma em substâncias químicas ou matérias-primas para criar outros produtos.
Nesse processo, a queima dos resíduos plásticos é utilizada para a geração de calor, vapor ou energia. É mais utilizada em locais que ainda não contam com a coleta seletiva e geralmente escolhida quando todas as possibilidades de reciclagem mecânica já foram esgotadas. A incineração dos resíduos tende a garantir a redução entre 85 e 90% do volume de todo o material.
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