29 de Marco de 2023,14h00
Veja outros artigos relacionados a seguir
A Comissão da União Europeia para o Meio Ambiente anunciou na última semana o endurecimento das regras para evitar o Greenwashing, termo usado para identificar empresas que buscam enganar os consumidores com informações incompletas e mentirosas sobre responsabilidade ambiental.
De acordo com o texto do documento, as empresas que decidirem fazer afirmações ecológicas sobre seus produtos ou serviços terão que respeitar normas mínimas, fundamentar essas alegações e comunicar essa fundamentação para o público.
Na prática, qualquer ação de sustentabilidade comunicada precisará ser verificada de forma independente e comprovada com evidências científicas.
Além de acabar com mensagens vazias, como “protetor solar amigo do oceano” ou “entrega com compensação de CO2”, as novas normas também proíbem a divulgação e criação de rótulos ambientais públicos e privados.
A exceção são o rótulo ecológico e o logotipo de alimentos orgânicos da União Europeia, que certificados oficialmente, já garantem a confiabilidade das informações.
Por falar em rótulos, a proposta também pretende regulamentar o setor. Existem atualmente pelo menos 230 rótulos nos países da UE e há evidências de que essa quantidade confunde e causa desconfiança nos consumidores.
A expressão significa algo como “maquiagem verde” ou “lavagem verde”. É um termo para definir empresas que criam uma falsa aparência de sustentabilidade em seus produtos ou embalagens, mas na verdade impactam violentamente o meio ambiente com suas atividades.
Em geral, a estratégia é utilizar termos vagos e sem embasamento, além de certificações mentirosas, que levam o consumidor a acreditar que aquele produto é ecologicamente responsável.
Um exemplo bem legal é apresentado no documentário Seaspiracy – Mar Vermelho, que denuncia a farsa dos rótulos Dolphin Safe e Marine Stewardship Council nas embalagens de atum enlatado. Para combater esse tipo de conduta só há um caminho.
Precisamos ficar atentos aos rótulos dos produtos nos supermercados e lojas que apresentam informações imprecisas e certificados não emitidos por órgãos confiáveis como FSC Brasil, PROCEL e CERFLOR.
No site do IDEC também dá para conferir algumas empresas brasileiras que já foram flagradas praticando Greenwashing.
Fique atento e dê sempre preferência aos produtos realmente sustentáveis!
Projeto usa inteligência artificil para restaurar áreas degradadas da Mata Atlântica
Alta nos preços desafia objetivos de sustentabilidade da empresa
Encontro com Ministério da Fazenda debate integração de catadores ao sistema de emissões
Cidadão pode acionar canais oficiais e a subprefeitura da região para combater a prática