07 de Novembro de 2023,15h00
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A Comissão Europeia proibiu no último mês de setembro a comercialização de glitter, purpurina e de outros produtos que sejam intencionalmente fabricados com microplásticos.
Segundo nota enviada à imprensa, a decisão foi tomada depois de pesquisas indicarem que a medida evitará o impacto ambiental de meio milhão de toneladas de resíduos nos ecossistemas do continente.
A instituição ainda explicou que a legislação não se aplica a outros mercados e os produtos que já estão em circulação não precisam ser recolhidos ou retirados imediatamente.
Vale destacar que a lei inclui outros itens, como brinquedos, produtos de limpeza e até medicamentos. Mas para cada um haverá um tempo específico de adaptação e tolerância.
A determinação inclui o pacto ecológico da UE, que pretende tornar a Europa o primeiro continente climaticamente neutro até 2050.
O objetivo do “Green Deal” europeu é dissociar o crescimento econômico da exploração sem limites dos recursos naturais.
Basicamente, o glitter é fabricado em uma barra de alumínio, com uma carapaça de plástico.
Depois de passar por algumas etapas, o material é decomposto em micropartículas até chegar ao produto final.
E exatamente aí está problema. Por serem muito pequenos, esses grãos não são filtrados pelos sistemas de tratamento de esgoto e invariavelmente acabam nos rios e oceanos.
Dessa forma, os microplásticos impactam toda a cadeia alimentar. Ou seja, são ingeridos por algas, plânctons, crustáceos, moluscos e peixes, e chegam aos nossos organismos pelo consumo de animais contaminados.
Para se ter uma ideia do tamanho do problema, um estudo da Universidade Federal do Pará revelou que cerca de 98% dos peixes coletados em nascentes e rios amazônicos estavam contaminados por microplásticos.
Ao mesmo tempo, pesquisas recentes de diferentes e renomados institutos do mundo inteiro detectaram microplásticos no coração, nos pulmões e em outros órgãos do corpo humano.
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