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99% do chumbo utilizado nas baterias pode ser reciclado

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O chumbo é um metal que pode ser reciclado indefinidas vezes, sem perder sua estrutura físico-química. Foto: Stock Snap / Pixabay

Todos os componentes de uma bateria de chumbo ácido possuem potencial para reciclagem. Mas você pode estar se perguntando quais são esses componentes ou ainda o que é uma bateria de chumbo ácido. Essencial para o funcionamento de carros, motos e embarcações, esse material é responsável pelo gerenciamento eletrônico dos veículos e é utilizado para receber, armazenar e liberar energia elétrica por meio de reações químicas que envolvem sua composição: chumbo e ácido sulfúrico.

Com uma representatividade de 80% na fabricação de baterias automobilísticas, de acordo com dados do Instituto de Metais Não Ferrosos, o chumbo é um metal que pode ser reciclado indefinidas vezes, sem perder sua estrutura físico-química. Sua reciclagem no Brasil é a principal fonte de matéria-prima, representando 53%. De acordo com André Saraiva, Presidente e CEO do Programa de Responsabilidade Ambiental Compartilhada (PRAC), essas características fazem com que o produto seja alvo de muita procura no final da sua vida útil.  

Por que descartar corretamente?

“A destinação correta de baterias de chumbo ácido garante que seus componentes perigosos fiquem afastados de aterros e de incineradores de lixo urbano, e que o material recuperado possa ser utilizado na produção de novos bens de consumo”, explica Saraiva.

 Além do prejuízo ao meio ambiente por ser composta por elementos tóxicos, o descarte incorreto da bateria proporciona perdas financeiras. Isso porque, se ela receber uma destinação incorreta não poderá ser reaproveitada.

A prática do descarte adequado proporciona ainda uma diminuição na quantidade de chumbo importado pelo Brasil. Sem a produção do material no país, desde 1998, ele hoje é proveniente de duas fontes: reciclagem e importação (47% do consumo).

Como é feita a reciclagem

Imagine que a bateria é o coração do seu veículo. Responsável por acumular energia para o seu funcionamento e com duração de cerca de dois anos, ela é passível de troca em algumas situações. É aí que entra o seu processo de reciclagem.

Por ser composta de plástico, chumbo e solução ácida, o processo se inicia com a separação desses materiais por tipo. Um equipamento é o responsável por triturar a sucata da bateria e separar o plástico do chumbo por meio de um sistema de gravidade, que leva em consideração o peso do plástico.

Após separados, o plástico passa por um processo de trituração, é moído e transformado em uma massa homogênea que servirá posteriormente para a produção de caixas e tampas para novas baterias.

Já o chumbo, segue para o processo de fundição, onde o metal é transformado em líquido e ganha um novo formato. Posteriormente, o material líquido é transformado em sólido através de um processo chamado de lingotamento e, depois, está pronto para ser utilizado na fabricação de novas baterias. 

A solução ácida passa por um processo de recuperação do eletrólito, ou seja, dos polos negativos e positivos que geram os íons da bateria, para serem inseridos no início do ciclo de uma outra cadeia ou produto.

O único rejeito gerado durante o processo de reciclagem e que, portanto, não pode ser reaproveitado, é a escória, um material arenoso resultado do processo de fundição do chumbo. Estima-se, porém, que, em breve, ele também poderá ser reutilizado.

Soluções para o reaproveitamento

De acordo com Saraiva, um dos desafios do setor para a reciclagem é o número de recicladoras que não cumprem a legislação e atuam no mercado nacional de forma irregular criando riscos. Foi pensando em atender esse mercado que o Programa de Responsabilidade Ambiental Compartilhada se uniu à empresa Tamarana Tecnologia Ambiental no desenvolvimento de uma parceria para oferecer uma ferramenta de destinação ambientalmente adequada.

“Nós orientamos as empresas a respeito das licenças ambientais que o gerador, o transportador e o reciclador devem possuir para garantir a destinação ambientalmente adequada”, explica Saraiva.

Texto produzido em 18/04/2019


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