13 de Agosto de 2025,10h00
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Em meio à intensa atmosfera de negociação para aprovar um tratado global definitivo contra o plástico, organizações como Greenpeace e CIEL alertam sobre o peso desproporcional da indústria nas negociações.
Cerca de 234 lobistas ligados ao setor de combustíveis fósseis e petroquímico participam da rodada atual das discussões, tornando-se a maior delegação individual presente na Suíça, onde acontecem os encontros.
Relatórios apontam que gigantes como Dow, ExxonMobil, BASF, Shell e SABIC elevaram sua produção de plástico em 1,4 milhão de toneladas desde 2022, o equivalente a 6,3 milhões de caminhões de lixo, desses que passam na frente da nossa casa aqui na capital de São Paulo.
O objetivo dos lobistas é claro: enfraquecer metas de redução de produção e deslocar o foco do tratado para o gerenciamento de resíduos e reciclagem, sem ataque às causas da crise.
Segundo especialistas, esse desequilíbrio ameaça o conteúdo e direciona o acordo para medidas institucionais superficiais, em vez de obrigações legais robustas que limitem o uso de plásticos, sobretudo os de uso único.
Até agora, o tratado global contra a poluição plástica já passou por cinco rodadas de negociação: Punta del Este (2022), Paris (2023), Nairobi (2023), Ottawa (2024) e Busan (2024).
Agora, em Genebra, acontece a segunda parte da quinta sessão (INC‑5.2), que está em curso entre 5 e 14 de agosto de 2025.
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