20 de Junho de 2023,14h00
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Em setembro de 2009, o fotógrafo americano Chris Jordan estava no Atol de Midway, uma estreita faixa de areia no meio do Oceano Pacífico, para documentar o impacto do lixo nos oceanos quando se deparou com um albatroz morto.
A carcaça da ave já em decomposição chamou sua atenção e rendeu alguns cliques, mas ele não imaginava que a imagem iria se transformar no primeiro símbolo mundial da crise do lixo plástico.
Misturados ao corpo do animal, diferentes resíduos como tampinhas e canudos indicavam o motivo da morte, que à época ainda era novidade para o público não especializado.
Na verdade, Jordan não foi o primeiro a capturar o impacto da crise do lixo plástico sobre a população de albatrozes de Midway.
Segundo o biólogo Wayne Sentman, presidente do conselho da organização Friends of Midway Atoll, desde meado dos anos 1960 imagens como essa eram produzidas.
Ele foi o primeiro a viralizar imagens do impacto ambiental da sociedade de consumo em Midway, numa época em que as redes sociais ainda davam seus primeiros passos.
“De repente, as imagens apareceram todas de uma vez em revistas e jornais do mundo inteiro e muitas pessoas responderam radicalmente. Elas queriam largar tudo e ir para o Atol salvar as aves”, relembra o fotógrafo.
Um relatório recente do WWF prevê que a produção de plástico deve mais do que dobrar até 2040. Com isso, até 2050, os resíduos plásticos no oceano deverão quadruplicar.
Nos últimos meses, representantes de 175 países estiveram reunidos para o primeiro ciclo de debates do Tratado do Plástico, acordo mundial que busca frear os impactos da poluição plástica no planeta.
Iniciativa tem atualmente 190 pontos de coleta distribuídos em 80 cidades brasileiras
Empresas, escolas ou condomínios podem dar aquela força para ONGs socioambientais
Cada cidadão do planeta tem um papel a desempenhar na luta contra a poluição plástica
São Paulo é um exemplo para o terceiro mundo, com 99,7% da população atendida