14 de Outubro de 2021,15h00
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Com a pandemia da COVID-19, os EPI (equipamentos de proteção individuais) tornaram-se essenciais. Entretanto, o medo de uma possível contaminação somados à paralisação das atividades de algumas cooperativas acabou resultando em toneladas de resíduos que foram descartados incorretamente.
Segundo reportagem do New York Times, a classificação desses equipamentos como perigosos foi um erro e materiais que poderiam ter sido reciclados acabaram nos aterros ou terminaram incinerados.
Especialistas da área da saúde e agências governamentais descobriram ao longo deste período pandêmico que o medo da transmissão pela superfície era exagerado.
E como a descoberta ainda é recente, esse pensamento ainda não se espalhou para todos os países, que acabam destinando potenciais recicláveis para aterros ou para a queima em fossas.
Enquanto isso, especialistas alertam as autoridades para que redobrem o cuidado com o descarte de seringas e frascos de vacina, que realmente são perigosos e que recentemente têm chamado a atenção do mercado paralelo para revenda devido ao seu alto valor na atualidade.
No Brasil, ocorreu um aumento de 25% na geração de material reciclável nas cidades em 2020, segundo a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).
Apesar disso, pelo menos 16 mil toneladas de material reciclável a menos do que o normal estavam em circulação naquele período, segundo estudo feito por pesquisadores da UFRJ.
Isso se deu devido a suspensão dos programas de reciclagem em várias cidades por conta do medo da contaminação, que na sua grande maioria são movidos pela seleção manual.
Outro estudo realizado por dois pesquisadores da Unicamp e da PUC Campinas constatou que um mês de suspensões nas cooperativas foi uma oportunidade perdida de economizar a quantidade de eletricidade usada por mais de 152 mil residências.
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