09 de Julho de 2021,11h00
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Pratos, canudos, copos, palitos para mexer bebidas, cotonetes e tantos outros itens produzidos a partir de plástico descartável estão desde o último sábado (3) proibidos de serem fabricados na Alemanha.
A lei entrou em vigor no mesmo dia em que passaram a valer as novas diretrizes ambientais da União Europeia e também inclui a proibição da produção e da venda de embalagens feitas de isopor. Os estoques existentes ainda podem ser comercializados.
As garrafas PET de uso múltiplo, aquelas de refrigerantes e de produtos de limpeza, não foram afetadas diretamente pela proibição, mas as fabricantes já buscam alternativas para se adequarem às novas normas de sustentabilidade do bloco europeu.
A Coca-Cola, por exemplo, apresentou nesta semana uma pesquisa de uma garrafa ecológica a partir de papel que está sendo testada nos mercados da Hungria. "Para nós, o teste de mercado é um marco. Nosso objetivo é conseguir desenvolver uma garrafa ecologicamente correta", disse Daniela Zahariea, Diretora de Cadeia de Suprimentos Técnicos e Inovação da Coca-Cola Europa.
Atualmente, a União Européia já cobra dos governos um imposto de 80 centavos de Euro por cada quilo de plástico fabricado e não reciclado. No futuro, o bloco pretende cobrar o valor desse imposto diretamente dos fabricantes.
Um levantamento da Plastics Europe indicou que a Alemanha foi o maior consumidor de plástico da União Europeia em 2019, respondendo por 24% do consumo total do continente. A Itália, o segundo maior, consumiu 13%, pouco mais da metade dos alemães.
Segundo dados da Associação dos Fabricantes de Plásticos da Europa, quase 4,3 milhões de toneladas de embalagens foram produzidas na Alemanha em 2020, um recorde histórico que reflete o crescimento dos serviços de delivery durante a pandemia.
A pandemia teve impactos negativos e positivos na questão do lixo plástico. A demanda por embalagens, talheres e outros itens descartáveis cresceu nos últimos 15 meses, principalmente em função da ascensão dos serviços de delivery, com destaque para os aplicativos de entrega de comida.
Por outro lado, a crise sanitária aumentou a demanda por produtos e serviços ambientalmente responsáveis, tendência que já aparecia em um estudo global de 2019, onde 82% dos entrevistados declaravam-se conscientes do impacto ambiental dos resíduos plásticos e afirmavam agir para combater este tipo de poluição.
Mais recentemente, uma pesquisa contratada pelo Pnuma e pela organização Oceana indicou que 72% dos consumidores dos APPs gostariam de receber seus de pedidos delivery sem embalagens plásticas descartáveis.
O seu papel é fundamental para a redução do uso do plástico ou para seu reaproveitamento. Uma primeira dica é verificar se a produção do que você anda usando em casa é feita com plástico reciclável. Para isso, basta procurar o símbolo da reciclagem nas embalagens. São aquelas setinhas que apontam uma para outra em formato triangular.
A segunda dica é separar o lixo em dois: comum e reciclável. Assim, você garante que os resíduos plásticos sejam encaminhados para uma Central Mecanizada de Triagem ou para uma cooperativa de catadores de lixo reciclável.
Tenha duas lixeiras em casa para separar o lixo comum do reciclável, isso facilita o processo. Higienize suas embalagens antes de descartá-las para a coleta, o importante é utilizar água de reuso ou guardanapos sujos no procedimento. Fique atento aos dias e horários que o caminhão da coleta seletiva passa na sua residência, não misture os sacos do comum com os recicláveis. Coloque o lixo para coleta com poucas horas de antecedência, assim, ele não corre o risco de ser levado pela chuva, entupindo bueiros e causando enchentes.
Texto produzido em 09/07/2021
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