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Clientes do iFood e Uber Eats dizem não ao plástico

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Restaurante preparando entrega de comida. Foto: AnnaStills / Envato

Uma recente pesquisa contratada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pela organização Oceana indica que 72% dos consumidores dos APPs de pedidos delivery gostariam de receber seus pedidos sem embalagens plásticas descartáveis.

Produzido pela IPEC Inteligência em Pesquisa e Consultoria, o estudo também indicou que 15% dos entrevistados já deixaram de pedir comida em algum estabelecimento por sentirem-se incomodados com a quantidade de plástico que recebem.

Os consumidores reclamam que recebem talheres e copos plásticos, saches de molhos, canudos e “mexedores” sem terem sido requisitados. Esse tipo de lixo, vale lembrar, é de difícil reciclagem, tem pouco valor comercial e acaba indo parar nos aterros sanitários e nos oceanos.

Ainda segundo a pesquisa, 86% dos consumidores acreditam que as empresas de aplicativo têm a mesma responsabilidade que os restaurantes e que deveriam, em conjunto, promover entregas em embalagens biodegradáveis que não agredissem o meio ambiente.

Para se ter uma ideia da insatisfação do público e do crescimento da cultura da sustentabilidade entre a população, a cada 100 entrevistados, 88 disseram que não gostariam de receber itens plásticos nos pedidos. Os campeões de reprovação são os canudos e mexedores, os talheres e garfos plásticos.

Gerente da campanha contra o lixo plástico na Oceana, Lara Iwanicki conta que a organização, em parceria com a ONU, busca promover uma iniciativa com os aplicativos para oferecerem alternativas de embalagens ambientalmente responsáveis.

“A pesquisa mostra que o consumidor quer atitudes efetivas das empresas, mudanças que tragam resultados e já há exemplos disso no mundo. Em Cingapura, por exemplo, foi feito um acordo com a WWF e a indústria do delivery pedindo a redução de plástico. Essa iniciativa terá potencial de reduzir um milhão de itens de plástico por semana no país”, disse Lara ao Estadão.

Vitor Leal Pinheiro, coordenador da campanha Mares Limpos do Pnuma, explica que já é possível colocar em prática ações imediatas e emergenciais. “Já há mecanismos para que os restaurantes ofereçam a escolha ou não de alguns itens ao invés da opção padrão já configurada. Mais do que isso, esses aplicativos precisam assumir a sua parte de responsabilidade no processo”, afirma Pinheiro.

Pressionados por todos os lados, os aplicativos afirmam que buscam resolver a questão e encontrar soluções. O Uber Eats destaca que desde 2019 é possível dispensar itens como talheres e saches. Já o iFood promete zerar o uso de plástico em suas embalagens até 2025.   

Texto produzido em 13/04/2021


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