01 de Outubro de 2024,15h00
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De acordo com um levantamento da Federação Paulista de Cooperativas de Reciclagem (Fepacore), mais da metade dos catadores em São Paulo são mulheres.
Ainda segundo os dados divulgados pela entidade, 62% dos trabalhadores do setor são negros ou pardos e apenas 10% estão organizados em cooperativas.
No Brasil, as estimativas da Associação Nacional dos Catadores indicam que pelo menos 800 mil pessoas vivem da reciclagem.
Só aqui na capital, vinculados ao projeto socioambiental de coleta seletiva da Prefeitura, são aproximadamente mil profissionais.
Diretor-Presidente da Fepacore, Jair do Amaral explica a importância da associação dos catadores a uma cooperativa de reciclagem e destaca os principais benefícios.
“A associação possibilita o trabalho coletivo, acesso ao mercado, venda direta dos resíduos à indústria e aumento de renda. Ao mesmo tempo, oferece seguridade social com proteção previdenciária, seguro de vida e acidentes, e um ambiente de trabalho adequado”, detalha Jair.
“Outro fator importante é que o catador se torna dono do empreendimento e isso viabiliza seu desenvolvimento pessoal e profissional”, finaliza.
Vale lembrar que no Brasil, a Lei nº 12.305, de agosto de 2010, instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que reconhece a atuação de catadores e catadoras de materiais recicláveis como agentes imprescindíveis na gestão dos resíduos sólidos.
Transformando aquilo que não serve mais para os outros em sua fonte de renda, esse exército de trabalhadores precarizados é peça fundamental para a construção de um mundo com equilíbrio ecológico.
É uma atividade que além de ajudar a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, gera renda para milhares de famílias em condições de vulnerabilidade e desenvolvimento sustentável para o país.
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