13 de Junho de 2018,00h00
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Lançado em julho de 2017, o Cataki é um aplicativo que conecta catadores de materiais recicláveis a cidadãos ou empresas que queiram dispor destes objetos. É, segundo sua própria descrição, um "Tinder da reciclagem", em referência ao aplicativo de relacionamentos.
O Cataki é desenvolvido pela ONG Pimp My Carroça, do grafiteiro e ativista Mundano, de São Paulo. Em fevereiro deste ano, o app ganhou, na França, o grande prêmio de inovação do Netexplo, observatório que estuda o impacto social e econômico de tecnologias digitais, premiando as iniciativas mais inovadoras. O fórum foi realizado em parceria com a Unesco.
O aplicativo indica os catadores de uma região em um mapa com ícones de carroças, veículo com que a maioria transporta os resíduos que coleta. De acordo com a ONG, os catadores são responsáveis pela coleta de 9 em cada 10 quilos de material reciclado no país - mas não têm reconhecimento pelo papel que desempenham. O Censo de 2010 identificou no Brasil, na época, cerca de 400 mil catadores de materiais recicláveis.
No aplicativo, os ícones de carroças levam a um curto perfil de cada catador, com dados como foto, apelido, telefone, áreas de atuação, tipos de resíduos recolhidos e rápida história de vida.
O projeto foi iniciado por Mundano em 2012, com mutirões para grafitar carroças de catadores e fazer uma série de reparos nos veículos - para aumentar a visibilidade e a autoestima dos profissionais. Com 300 carroças turbinadas, partiu-se para o aplicativo que uniria “fome” com a “vontade de comer”, a necessidade dos catadores e a vontade de agir corretamente de outras pessoas ou empresas.
"A gente começou a receber pedidos de pessoas próximas falando que tinham material em casa e precisavam do contato de um catador. Faltava uma maneira para as pessoas encontrarem os catadores na região onde moram", diz Carol Pires, coordenadora do projeto.
Hoje, o aplicativo tem mais de 500 catadores cadastrados em cerca de cem cidades no país. Está mais consolidado em São Paulo e no Recife, pois nas duas cidades há representantes da ONG em contato permanente com os catadores.
Fonte: cataki
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