27 de Marco de 2023,14h00
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Lançado em dezembro do ano passado durante a última edição da Expocatadores, o Atlas Brasileiro da Reciclagem apresentou um raio-x da reciclagem no Brasil.
Além de informar dados como o total de cada material reciclado no país nos últimos dois anos, o documento revelou a importância do trabalho dos catadores para o setor e apresentou um panorama bem completo da situação do mercado em cada região do país.
Vamos aos números!
Cooperativas e Catadores
Segundo os dados do Atlas, 90% das embalagens reaproveitadas chegaram à indústria da reciclagem pelas mãos dos catadores e mais da metade das Centrais de Triagem são geridas por associações e cooperativas.
Foram identificadas mais de duas mil associações e cooperativas de materiais recicláveis em funcionamento no Brasil. Oito em cada dez estão legalmente formalizadas.
A produtividade média por catador em 2021 foi de 1,96 toneladas por mês e a remuneração média dos associados e cooperados foi de R$1.392, cerca de 25% acima do salário mínimo pago naquele ano.
Cada cooperativa tem em média 24 catadores, sendo que a metade tem no máximo 15 profissionais em atividade.
Quanto o Brasil recicla?
Campeão mundial da reciclagem de alumínio, o Brasil deu a destinação correta para 99% das 15 mil toneladas do material que foram colocadas no mercado.
Aqui, é fundamental destacar o trabalho incansável do setor informal de coleta. Sem a atuação dos agentes ambientais autônomos, esses números não seriam alcançados.
Do aço e do vidro, que são infinitamente recicláveis, alcançamos a mesma marca: 47% de taxa de reciclagem, sendo 33 mil toneladas recicladas de aço e 171 mil de vidro.
Dos papeis, reciclamos 282 mil toneladas. São 66% de papeis em geral e 79% de embalagens de papelão (aparas marrons) colocados no mercado.
Já o índice de reciclagem dos plásticos, baixíssimo, apresenta o principal desafio do mercado da reciclagem no Brasil, com apenas 23% reciclados (145 mil toneladas).
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