15 de Marco de 2019,10h40
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Duas das principais redes de supermercados da Austrália, a Coles e a Woolworth, proibiram o uso de sacolas plásticas em seus estabelecimentos. Três meses após a decisão, a National Retail Association (NRA), rede de suporte de varejistas, observou uma redução de 80% no uso do utensílio no país. Para David Stout, gerente de políticas internas da NRA, a proibição foi uma medida corajosa dos grandes supermercados e está abrindo caminho para que outras empresas sigam o mesmo exemplo.
"Elas [as empresas] devem ser capazes de considerar essa estratégia sem medo de reações adversas", comentou David em entrevista à rede de notícias Australian Broadcasting Corporation.
Uma matéria sobre o assunto veiculada no jornal The Guardian aponta que cada uma das redes de supermercado fornece cerca de 3,2 bilhões de sacolas plásticas por ano. Além da redução no uso do plástico, a medida na Austrália permitiu a conscientização da população, que passou a ter outras alternativas para compra, como ecobags e sacolas reutilizáveis.
A estimativa da NRA é de que, com a proibição do uso pelos dois maiores supermercados do país, cerca de 1,5 bilhão de sacolas deixaram de prejudicar o meio ambiente. A indústria varejista segue esperançosa com a medida, apontando que este é apenas o começo. “Para os negócios, para o meio ambiente, para o consumidor e, é claro, até mesmo para os conselhos que têm de trabalhar para remover essas coisas dos aterros sanitários, há uma infinidade de benefícios em fazer isso”, declara Stout para o EcoWatch.
Segundo dados de pesquisa da fornecedora americana de sacolas ecológicas ReuseThisBag, pelo menos 32 países em todo o mundo acataram a proibição do uso da sacola plástica. De acordo com gráfico, que demonstra onde o material é proibido ou tem de ser comprado, o Brasil se encaixa na categoria "proibição parcial ou taxada".
Fontes: Australian Broadcasting Corporation, The Guardian, EcoWatch, ReuseThisBag
Texto produzido em 06/12/2018
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