17 de Outubro de 2025,10h00
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Um saco plástico encontrado na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, chamou atenção de ambientalistas e do público nesta semana.
O biólogo Mário Moscatelli localizou um saco de açúcar com validade expirada em 1995, que passou três décadas nas águas e se transformou em abrigo para mexilhões, cracas e algas.
É isso mesmo! O objeto deu origem a um pequeno ecossistema artificial, símbolo do poder de permanência e do impacto do lixo plástico no meio ambiente.
“Este saco está flutuando na Lagoa há 30 anos”, destacou Moscatelli, em entrevista ao RJ1, da TV Globo.
Segundo o biólogo, o episódio ilustra como os resíduos plásticos permanecem ativos por décadas e interferem na dinâmica dos ecossistemas urbanos e aquáticos.
A Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos principais cartões-postais da cidade, convive há anos com os efeitos da poluição. Embora o cenário tenha melhorado, os vestígios do passado ainda surgem.
Hoje, 13 elevatórias instaladas ao redor do espelho d’água desviam milhões de litros de esgoto por dia para tratamento, medida que vem permitindo o retorno gradual da biodiversidade.
“Mas precisamos que as pessoas assumam o mínimo de responsabilidade. E esse mínimo é jogar o lixo no lugar certo”, lembrou Moscatelli.
A imagem do saco de 30 anos é um lembrete do impacto das escolhas diárias e da urgência em reduzir o consumo de descartáveis e fortalecer a reciclagem e o descarte correto.
Mais do que um resíduo esquecido, o objeto encontrado na Lagoa se tornou um símbolo do desafio ambiental que o Brasil precisa enfrentar e da importância de transformar consciência em ação.
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