26 de Novembro de 2025,10h00
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Um estudo do Instituto Voz dos Oceanos, da Cátedra UNESCO para a Sustentabilidade do Oceano e do CeLMar–CNPq da USP identificou microplásticos em 70% das amostras de bivalves comercializados no país. Todas as localidades analisadas registraram animais contaminados.
As espécies avaliadas incluíram mexilhões, ostras e sururus coletados entre maio e julho de 2024 em 14 estados do litoral brasileiro. As análises ocorreram no Instituto Oceanográfico da USP com apoio de equipamentos avançados fornecidos pela Shimadzu. Recife e Fortaleza apresentaram as maiores concentrações, com até 5 partículas por grama de alimento, índices próximos aos registrados na Europa.
Santos, Aracaju e Maceió apresentaram entre 3 e 4 partículas por grama, acima da média global. Em Itajaí, Paranaguá, São Sebastião, Angra dos Reis, Vitória e Natal, as amostras registraram valores inferiores a 0,5 partícula por grama. Os dados indicam contaminação persistente por resíduos antigos originados da fragmentação de plásticos descartados há décadas.
A pesquisa identificou 14 tipos de polímeros, principalmente EVA, polietileno, poliéster e PVC. Cerca de 85% das partículas eram fragmentos de peças maiores. Em João Pessoa, Recife, Caravelas, Vitória, São Sebastião e Paranaguá, fibras sintéticas apareceram em mais de metade das amostras, resultado provável da lavagem de roupas e do desgaste de equipamentos de pesca.
Pesquisadores destacam a urgência de medidas para conter a entrada de plásticos no oceano, reforçando a necessidade de políticas públicas, fiscalização e educação ambiental. Sem redução efetiva do descarte irregular, a exposição humana a contaminantes presentes em frutos do mar só tende a aumentar.
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