05 de Fevereiro de 2024,15h00
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De acordo com dados do Pacto Global da ONU, o litoral brasileiro tem quase 600 portas de entrada de lixo plástico no Oceano Atlântico.
Ainda segundo o estudo realizado pela iniciativa Blue Keepers, são pouco mais de menos dois milhões de toneladas do material provenientes de bacias hidrográficas de alto risco.
Esse número representa 67% de todos os resíduos plásticos que chegam aos mares brasileiros todos os anos.
Os pontos mais críticos, revela a pesquisa, são as bocas dos rios Amazonas (cerca de 160 mil tons/ano), São Francisco (230 mil tons/ano) e da Baía de Guanabara (216 mil tons/ano).
“Estamos na Década do Oceano e o chamado para ações para sua proteção nunca foi tão claro e consistente”, afirmou Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, em entrevista à Exame.
“Se 80% da poluição marinha vem de fontes terrestres, é aqui que atuaremos guiando o setor empresarial para ativar soluções de prevenção, em que seus negócios e modos de operação criem impacto positivo”, completou Pereira.
Vale lembrar que no ano passado a Blue Keepers já havia divulgado um estudo que colocava o Brasil entre os 20 países que mais contribuem para a poluição plástica nos oceanos.
Para se ter uma ideia, os pesquisadores estimaram que cada brasileiro pode ser responsável por descartar até 16 quilos de resíduos nas praias do país.
“São 3,44 milhões de toneladas desse material propensas ao escape para o ambiente, ou 1/3 do plástico produzido em todo o Brasil corre o risco de chegar ao oceano todos os anos”, informa o site da organização.
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