14 de Maio de 2024,18h00
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O brasileiro Severino Lima Junior, representante da Unicatadores, foi eleito nesta semana presidente da Aliança Internacional de Catadores durante um evento histórico para a categoria que aconteceu na capital da Argentina.
Organizada pela Aliança Internacional de Catadores de Materiais Recicláveis (IAWP), o pleito também elegeu como vice-presidente a indiana Sushila Sable, catadora e líder de um movimento que promove o empoderamento de mulheres na Índia.
Completa a chapa que vai ficar cinco anos à frente da Aliança a tesoureira Maditlhare Koena, catadora da África do Sul e integrante da South African Waste Pickers Association (SAWPA).
De acordo com os organizadores, a eleição da nova mesa diretora não representa apenas um marco administrativo para a entidade, mas reflete o crescente reconhecimento da importância dos profissionais do setor na gestão de resíduos e na sustentabilidade ambiental do planeta.
Ao fim da eleição, catadores de 34 países marcharam pelas ruas de Buenos Aires, capital da Argentina, com faixas e bandeiras de suas respectivas nações e organizações. Mais de 460 mil trabalhadores, representados por cerca de 50 organizações internacionais, foram representados durante o ato.
De acordo com a ONU e com a Organizacão Internacional do Trabalho (OIT), mais de 15 milhões de pessoas trabalham com a coleta, a triagem e a reciclagem de resíduos gerados pelas cidades no mundo todo.
No Brasil, segundo levantamento do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), são cerca de 800 mil agentes ambientais, popularmente conhecidos como catadores de lixo reciclável, em atividade.
Os dados da MNCR ainda indicam que aproximadamente 70% desses profissionais são do gênero feminino.
Responsáveis pela retirada de milhares de toneladas de resíduos de residências, comércios, vias públicas margens de rios e praias, essas mais de 500 mil mulheres contribuem diretamente para o bom funcionamento das cidades e fazem girar a roda da economia circular.
Transformando aquilo que não serve mais para os outros em sua fonte de renda, esse exército de trabalhadoras precarizadas é peça fundamental para a construção de um mundo com equilíbrio ecológico.
É um trabalho que além de ajudar a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, gera renda para milhares de famílias e desenvolvimento sustentável para o país.
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