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Brasileiros criam algodão sem agrotóxicos e vencem prêmio internacional

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Flor de algodão. Foto: Arkhipenko Olga / Shutterstock.com

Pensando numa solução para o impacto ambiental da fabricação de algodão, a startup brasileira Galy desenvolveu uma fibra sustentável capaz de ser cultivada em qualquer lugar do mundo, independente de condições climáticas, e de forma muito menos agressiva para o planeta.

A nova técnica, afirmam seus idealizadores, demanda 78% menos água, 81% menos terra, gera 80% menos emissões e ainda cresce 10 vezes mais rápido, sem o uso de qualquer tipo de agrotóxico.

É um processo de produção que consegue resolver de uma vez alguns dos grandes desafios da indústria têxtil atualmente.

A empresa, liderada pela dupla Paula Elbl e Luciano Bueno, basicamente pega a célula de algodão, ajusta condições de temperatura, equilibra a alimentação com os nutrientes certos e assim produz a fibra do material.

Em operação desde abril de 2019, com sede nos EUA e um campo de estudos em Holambra (SP), a startup já fornece seu algodão in vitro sustentável para grandes marcas do universo da moda e trabalha para ganhar cada vez mais escala.

Como reconhecimento, a Galy venceu em 2020 o Global Change Award, prêmio da H&M Foundation, considerado o Nobel da indústria da moda.

Indústria Têxtil 

Um relatório inédito traçou os dados que ligam o agronegócio à indústria têxtil e à moda e revelou que o Algodão é a quarta cultura que mais consome agrotóxicos no Brasil.

O estudo destaca que a cultura é responsável por 10% de todo agrotóxico comprado no país, que é o maior consumidor de agrotóxico no mundo.

São cerca de 10 tipos de agrotóxicos, entre eles, glifosato e acefato. A maior parte das emissões da indústria da moda está concentrada nas atividades upstreams - atividades necessárias para a composição de um produto, como processamento de materiais e produção.

A pesquisa apresenta ainda caminhos para tornar a indústria mais circular, evitando que o resíduo têxtil termine em aterros e lixões.

Opções como a logística reversa, algodão orgânico e a substituição da matriz energética por energia limpa podem reduzir as emissões em até 70%.

Texto produzido em 15/02/2022


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