27 de Agosto de 2025,10h00
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A cidade de Capannori, na região da Toscana, é um dos exemplos mais avançados do mundo quando o assunto é gestão de resíduos.
Com cerca de 46 mil habitantes, o município alcançou um índice de 87% de reciclagem e reduziu drasticamente a quantidade de lixo enviada a aterros sanitários.
Segundo moradores, uma família de cinco pessoas chega a produzir apenas três sacolas de resíduos por ano, cerca de 30 quilos. Para efeito de comparação, a média europeia é de 500 quilos de lixo por pessoa anualmente.
A transformação de Capannori está apoiada em três pilares: reciclar, reusar e consertar.
Quando um produto não pode ser reaproveitado, o Centro de Pesquisa Lixo Zero da cidade pressiona fabricantes a repensarem o design, criando alternativas recicláveis ou reutilizáveis.
Outro diferencial são os galpões municipais: locais destinados ao recebimento de móveis, roupas e objetos, que são consertados e revendidos em brechós. Essa prática diminui a demanda por novas matérias-primas e reduz a poluição gerada pelo processo de fabricação.
Além dos ganhos ambientais, a estratégia trouxe impactos positivos para a população. Com menos lixo gerado, os custos de destinação diminuíram e Capannori hoje possui algumas das menores taxas de coleta da Toscana. O sistema também gera empregos ligados à triagem, ao reaproveitamento e à revenda dos materiais.
O pioneirismo já inspira outras cidades da Europa e do mundo. O próximo passo do município é ainda mais ambicioso: a instalação de uma usina capaz de reciclar itens de difícil reaproveitamento, como fraldas descartáveis.
Com resultados tão expressivos, Capannori reforça a ideia de que políticas públicas consistentes, unidas à participação comunitária, podem transformar a relação da sociedade com os resíduos e abrir caminho para um futuro mais sustentável.
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