Resíduos do Carnaval nas ruas de São Paulo. Foto: Recicla Sampa
21 de Marco de 2019,16h20
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A festa paulistana, que entrou definitivamente no calendário dos maiores carnavais do país, cresce a cada ano e os números envolvendo a folia corroboram esse cenário. O setor hoteleiro, por exemplo, recebeu um aumento de 50% de turistas e o comércio teve alta de 60% em relação ao ano anterior.
Já os foliões gastaram 15% a mais do que em 2018 em adereços, fantasias, comidas e bebidas. Dentro desta lógica, um número maior de pessoas nas ruas representa um crescimento na geração de lixo, certo? Errado. A capital paulista inverteu esta lógica e reduziu a produção de resíduos em 42 toneladas neste ano.
Segundo o presidente da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) de São Paulo, Edson Tomaz Filho, o resultado é fruto de uma mudança no gerenciamento dos resíduos.
“Normalmente, todos os resíduos coletados durante as varrições na cidade eram encaminhados para os aterros sanitários. Neste ano, a dinâmica foi diferente e enviamos todos para serem triados e reciclados”, afirma.
As 958 toneladas de resíduos produzidos no carnaval passado caíram para 916 toneladas neste ano. Além de ser uma ótima notícia do ponto de vista ambiental, o dado cumpre também um papel social importante. Isso porque, metade dos resíduos coletados em 2019, cerca de 458 toneladas, foi destinada para a coleta seletiva, o que permitiu gerar uma renda média de aproximadamente R$ 91,5 mil reais para cerca de mil famílias que atuam nas cooperativas.
Funcionária da Cooper Central Tietê, Lucia Oliveira, foi uma das beneficiadas com os materiais gerados pela coleta do Carnaval.
“Nessa data as ofertas de resíduos aumentam, principalmente as embalagens de alumínio que são mais caras na hora da venda”, explica a cooperada que usa a renda para sustentar os filhos.
Para que os materiais chegassem às cooperativas de São Paulo, a Amlurb montou uma operação que envolveu cerca de 1.840 agentes de limpeza e uma frota de 214 veículos, entre caminhões, varredeiras mecanizadas, bicicletas e mototriciclos. Além disso, aproximadamente 3 mil lixeiras e 92 Pontos de Entregas Voluntárias (PEVs) foram disponibilizados aos foliões para a destinação dos resíduos.
Texto produzido em 14/03/2019
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