22 de Outubro de 2021,14h00
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Todo mundo já sabe que os agentes ambientais, popularmente conhecidos como catadores de lixo reciclável, cumprem um papel fundamental para o bom funcionamento das cidades, mas o rondoniense José Carlos vai mais além.
Além de garantir seu sustento com os recicláveis e de ajudar a construir um país mais sustentável, há pouco mais de sete anos ele coleta latinhas e lacres de alumínio e doa toda a verba arrecadada para o Hospital do Amor, especializado em tratamento de pacientes com câncer.
Segundo Leandro Alves, coordenador de captação de recursos do hospital, atualmente, as fontes de renda mais importantes da instituição são duas: os leilões de gado e o “santo” José.
“Com gestos simples e através da reciclagem, ele se tornou um dos maiores arrecadadores e doadores do Hospital do Amor”, revela Alves ao portal G1.
Tudo começou em 2013, quando José teve um problema de saúde e foi se consultar com um médico cardiologista.
A recomendação do especialista foi de praxe: fazer mais exercício. Com isso, as caminhadas pela cidade de Cabixi, cidadezinha do interior de Rondônia, começaram a fazer parte da rotina.
“No decorrer dessas minhas caminhadas, eu senti um desejo de ajudar o Hospital do Amor. Como a gente não tem muitas condições, resolvi vender as latinhas e doar o lucro”, conta José.
A partir de então, milhares de latas e lacres de alumínio descartados como lixo ganharam um novo valor.
A ação começou como uma iniciativa própria e pequena, mas atualmente a campanha conta com a participação de muitas pessoas e dezenas de pontos de coleta espalhados pela cidade.
No primeiro ano, José conseguiu pouco mais de R$ 7 mil. Nos anos seguintes, a arrecadação dobrou e passou de R$ 18 mil. Em 2021, o dinheiro doado é cinco vezes maior que o inicial e bateu todos os recordes (R$ 41.300,00). Na soma total, já foram mais de R$ 140 mil doados.
“Para Cabixi, ele é o nosso maior doador. Uma pessoa simples, uma pessoa humilde, mas que encontrou uma maneira de ajudar. É um exemplo a ser seguido”, opina Maria de Lourdes, assistente social da região.
Texto produzido em 22/10/2021
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