04 de Junho de 2024,18h00
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Diante uma queda história de preços e de uma crise de mercado que se arrasta desde a pandemia, os catadores resolveram se mobilizar para promover e impulsionar novamente a reciclagem de papel no Brasil.
Na última sexta-feira (24), representantes da indústria e do governo federal receberam integrantes de diferentes entidades do setor no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em uma reunião que debateu a cadeia de reaproveitamento do material no país.
Entre os participantes, estiveram o presidente da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT), Roberto Rocha; Anderson Nassif, presidente da UNICATADORES; além de Luiz Henrique Silva e Aline Sousa, lideranças do Movimento Nacional dos Catadores (MNCR).
De acordo com os dirigentes, o encontro teve como objetivo discutir práticas e políticas públicas que possam ser incorporadas à Estratégia Nacional de Economia Circular. A ideia é
fomentar um ciclo produtivo mais eficiente, sustentável e inclusivo.
Durante a reunião, os representantes dos catadores fizeram questão de destacar o papel fundamental que os trabalhadores autônomos e cooperados desenvolvem na cadeia da reciclagem no Brasil.
Eles também chamaram atenção para os principais desafios da reciclagem de papel no país, como queda dos preços, alta tributação (pis, cofins e ICMS) das organizações, falta de incentivos fiscais, falta de diálogo entre categoria e indústria, e facilidade de importação destes materiais pelas empresas.
“É tempo de priorizar e ampliar parcerias com as organizações de catadores, estabelecendo diálogos, implementando sistemas de rastreabilidade na cadeia e valorizando aspectos sociais. Ou seja, falta o “S” das estratégias ESG”, afirmou o presidente da ANCAT, Roberto Rocha.
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