04 de Novembro de 2020,12h00
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A China ainda é o maior fabricante de plásticos descartáveis do planeta. Porém, essa realidade pode acabar. No começo do ano, o governo anunciou novas medidas para combater a poluição desenfreada e, entre elas, abolir o uso de plásticos descartáveis até 2025.
As autoridades chinesas já agem com urgência para banir o material. As maiores cidades, por exemplo, deixarão de usar sacos plásticos até o final do ano. Já para as cidades pequenas e vilas, o prazo estabelecido é até o fim de 2022. O governo anunciou que, de imediato, esses pequenos povoados devem reduzir em pelo menos 30% a utilização de descartáveis.
Ainda em 2020, a China quer abolir canudinhos, utensílios e copos descartáveis em restaurantes. Até mesmo o setor dos correios não ficou de fora. Embalagens plásticas que protegem os produtos para envio também estão proibidas. E-commerces e empresas de entregas terão que repensar como embalarão as mercadorias com segurança. A rede hoteleira também está no foco das novas medidas e está proibida de fornecer itens plásticos aos hóspedes.
Os únicos que, por ora, escaparam do veto foram os mercados que vendem alimentos frescos. Eles ainda podem embalar a comida com plástico, mas também terão que repensar isso, já que a prática só será permitida até 2025.
Já no setor da indústria que fabrica o plástico, haverá a proibição da produção e venda de sacos plásticos com espessura inferior a 0,025 mm, bem como de películas com menos de 0,01 mm de espessura.
Algumas regiões e setores terão maiores restrições em relação a produção e venda de plástico, porém isso ainda não foi esclarecido com muitos detalhes pelos governantes.
Dois órgãos governamentais da China, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma e o Ministério da Ecologia e do Meio Ambiente, esperam que até 2025 a nação se livre de todos os produtos plásticos descartáveis.
Além das novas medidas, a China aumentou o número de ecopontos para recebimento de produtos recicláveis. Até o final de 2020, a nação quer atingir uma taxa de reciclagem de 35% em pelo menos 46 cidades. A meta é realizar um sistema nacional de reciclagem urbana até 2025. O que será um grande desafio, já que o país ainda é o maior fabricante de plástico do mundo, representando 29% da produção desses itens pelo planeta.
Além disso, de 1992 até 2016, a China recebeu cerca de 106 milhões de toneladas de resíduos plásticos, o que representa metade das importações desse produto no mundo de acordo com o jornal inglês BBC. Porém, por ser considerado o território mais poluente do planeta, em 2018, deixou de comprar resíduos plásticos usados de outros países, o que colapsou algumas nações que dependiam dos chineses para se livrar do material.
Antes disso, em 2008, a China proibiu a distribuição de sacos plásticos de forma gratuita e acabou com a produção de sacos extremamente ultrafinos.
O país não é o único no Continente Asiático que tenta banir o plástico descartável. Países com paisagens paradisíacas estão se sentindo ameaçados pela proliferação do material. A Tailândia e a Indonésia, por exemplo, declararam que nesse ano proibirá uso de sacolas plásticas em lojas e comércio a fim de manter o meio ambiente e até mesmo o turismo.
Fonte: Uol
Texto produzido em 03/02/2020
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