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Cientistas criam plástico que pode ser reciclado várias vezes

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A ideia dos pesquisadores é que a descoberta crie uma nova cadeia rotativa, na qual o descarte se torne raro e promova uma maior utilização do item. Foto: Marylin Chung / Berkeley Lab

Mesmo o plástico sendo um material reciclável, diversos fatores dificultam seu processo de reutilização. Um desses empecilhos está na composição do produto, que leva distintos aditivos como corantes. Ao serem reciclados, acabam sofrendo perdas de desempenho. Pensando em aprimorar essa técnica, cientistas de Berkeley Lab, laboratório do Departamento de Energia dos Estados Unidos, desenvolveram um tipo de plástico que pode ser quebrado até o nível molecular exigido para gerar um novo plástico sem perder sua qualidade.

O estudo que apresenta a grande inovação foi publicado na revista científica Nature. Batizado de polydiketoenamine, ou PDK, a matéria tem suas partículas químicas facilmente separadas apenas utilizando uma solução ácida. A ideia dos pesquisadores é que a descoberta crie uma nova cadeia rotativa, na qual o descarte se torne raro e promova uma maior utilização do item. “Estamos interessados na química que redireciona o ciclo de vida dos plásticos de linear para circular. Nós vemos uma oportunidade de fazer a diferença para onde não há opções de reciclagem”, disse Brett Helms, líder da pesquisa ao Ciclo Vivo.

Os especialistas envolvidos no projeto garantem que os objetos a partir do polímero poderão ser recoloridos, reformulados, e reutilizados diversas vezes, sem perder seus atributos. O objetivo primordial é que a criação ganhe o mundo e seja usado em bens mais duráveis, como sapatos e capinhas de celular. No entanto, o componente ainda não saiu dos laboratórios.

“É um momento para começarmos a criar materiais e locais de reciclagem que permitam plásticos circulares”, afirmou Helms, em comunicado oficial.

O próximo passo para o avanço do tecnológico PDK é seu aperfeiçoamento, com maiores propriedades térmicas e mecânicas para que seja utilizado em formulações têxteis, espumas e em aparatos impressos em 3D. Uma fórmula mais sustentável com a incorporação de insumos a base de plantas também tem sido analisada.

Fontes: Ciclo Vivo, Época Negócios, Istoé Dinheiro

Texto produzido em 16/09/2019


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