12 de Agosto de 2021,14h00
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Dois pesquisadores dos Estados Unidos foram responsáveis pela criação de uma tecnologia capaz de transformar resíduos plásticos em proteínas comestíveis com a ajuda de micróbios.
A pesquisa inovadora ganhou a edição deste ano do Future Insight Prize e faturou R$ 6 milhões. A premiação foi concebida e é patrocinada pela empresa alemã Merck, com o objetivo de estimular o progresso científico e tecnológico.
Vencedores deste ano, os professores Ting Lu (Universidade de Illinois Urbana-Champaign) e Stephen Techtmann (Michigan Technological University), desenvolveram o Gerador de Alimentos para ser uma alternativa nutricional segura e sustentável, que reduzisse o impacto ambiental associado aos resíduos plásticos e aos métodos agrícolas tradicionais.
Os alimentos resultantes do processo podem ser ingeridos normalmente, pois não são tóxicos e contém toda a nutrição necessária para o organismo. Além disso, eles são altamente personalizáveis às mais diversas necessidades.
A biologia sintética microbiana foi a técnica utilizada pelos cientistas, que aprenderam a explorar esses micro-organismos alterados sinteticamente, programando-os geneticamente para converter resíduos em comida.
Os micróbios modificados são capazes de quebrar as moléculas dos polímeros e transformá-las em uma categoria de material orgânico que pode ser ingerido de forma segura.
A descoberta pode se tornar uma alternativa para o combate à fome em áreas subdesenvolvidas pelo mundo. As células microbianas assumem a forma de um pó que pode ser usado para fazer barras energéticas ou outros tipos de alimentos.
Milhões de animais são mortos em função do impacto do lixo plástico no meio ambiente todos os anos. Quase 700 espécies, incluindo muitas ameaçadas de extinção, são conhecidas por serem diretamente afetadas pela poluição plástica. Já foram encontrados resíduos plásticos no sistema digestivo de praticamente todas as espécies de aves marinhas.
A maioria das mortes dos animais é causada por inanição. Focas, baleias, tartarugas e outros animais acabam estrangulados por equipamentos de pesca industrial abandonados ou em anéis plásticos descartados incorretamente.
Microplásticos foram encontrados em mais de cem espécies aquáticas, incluindo peixes, camarões e mexilhões destinados ao consumo humano. Em muitos casos, esses pequenos pedaços são expelidos sem consequências pelo sistema digestivo. Mas se descobriu que eles podem obstruir o trato digestivo, perfurar órgãos e levar pessoas à morte.
Os resíduos plásticos também são consumidos pelos animais terrestres, incluindo elefantes, hienas, zebras, tigres, camelos, cabeças de gado, entre outros grandes mamíferos. Em alguns casos, eles causaram a morte desses animais.
Testes confirmaram danos ao fígado de algumas espécies e alterações nos sistemas reprodutivos de outras. Uma nova pesquisa mostrou que os alevinos comem nanofibras plásticas já nos seus primeiros dias de vida, levantando novas questões sobre os impactos do lixo plástico nas populações de peixes.
Texto produzido em 12/8/2021
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